Como resultado de ações e políticas públicas de mobilidade e segurança viária, Fortaleza bateu recorde na redução das taxas de mortalidade no trânsito no primeiro semestre deste ano. De acordo com estatísticas da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), 121 pessoas morreram nos primeiros seis meses deste ano, representando o menor número já registrado, desde que os dados passaram a ser sistematizados, a partir de 2001.
Com relação ao igual período do ano passado, houve uma redução de 4%. O número de mortes vem sendo reduzido ano a ano no trânsito em Fortaleza e teve, no primeiro semestre de 2017, a maior queda dos últimos anos.
A maior redução no número de mortes foi registrada entre os acidentes que envolvem veículos de quatro ou mais rodas. O número caiu 80%, saindo de dez para dois casos nos seis primeiros meses de 2017. Os motociclistas, por sua vez, ainda são as principais vítimas dos acidentes fatais e respondem por 45,8% de todos os registros, seguidos pelos pedestres que representam 38,1% do total.
A diminuição é reflexo das ações de mobilidade e segurança viária desenvolvidas pela Prefeitura de Fortaleza, conjunto de atividades que contam, por exemplo, com apoio da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária. Entre as medidas, estão a ampliação da rede cicloviária, que hoje já dispõe de 218.8 Km de ciclofaixas e ciclovias, o Programa de Apoio à Circulação de Pedestres que contempla áreas de trânsito calmo, travessias elevadas e faixas em diagonal, binários para reorganização do trânsito, além de campanhas educativas, intervenções de engenharia de tráfego e fiscalização efetiva. Todas essas ações contribuem para um ir e vir mais seguro.
Para o superintendente da AMC, Arcelino Lima, “Fortaleza está no caminho certo. Desde 2001, quando concluímos o primeiro Relatório Anual de Acidentes de Trânsito, não ocorria essa redução. Embora ainda tenhamos vários desafios pela frente, os dados mostram que as políticas públicas estão surtindo efeito e as pessoas estão cada vez mais conscientes do seu papel, compartilhando espaço com outros modais que vêm sendo priorizados na atual gestão”.
Fiscalização
Outro dado que merece ser destacado, a exemplo da redução no número de mortes no trânsito, é o quantitativo de autuações que também vem reduzindo na Capital. A AMC registrou uma queda de 13,74% na quantidade de multas, comparando o primeiro semestre de 2017 com o mesmo período do ano passado.
Segundo a AMC, nos primeiros seis meses de 2016, foram autuados 671.389 veículos. Esse número caiu para 597.107 autuações neste ano, o que demonstra um maior respeito dos condutores. A redução do número de autuações pode ser atribuída às campanhas educativas e à fiscalização mais efetiva que percorre todas as áreas da Cidade diariamente. “Os projetos educativos e as intervenções viárias vêm resultando numa mudança de comportamento dos motoristas”, afirma o superintendente da AMC.
“Hoje, todas as nossas intervenções priorizam a segurança viária. Seja por meio de um projeto de engenharia de tráfego, uma simples abordagem educativa ou de fiscalização. Nós pretendemos incorporar essa prática às ações das pessoas, destacando a importância de adotar um comportamento seguro no trânsito, com maior observação das regras de circulação, como forma de preservar vidas”, reforça o gestor.