06 de May de 2020 em Fortaleza

Violência em Fortaleza no Contexto da Pandemia é tema de live no Observatório em Rede

Durante a live, mediada por Cláudia Leitão, o jornalista e sociólogo Ricardo Moura abordará a sobreposição do avanço do coronavírus ao aumento da violência na Capital


arte com nome e informações do evento e fotos dos participantes

A terceira Live do #ObservatorioEmRede Ao Vivo! será sobre a Violência em Fortaleza no Contexto da Pandemia de Covid-19, e vai ao ar nesta quinta-feira (07/05), às 17 horas, no Instagram do Observatório de Fortaleza.

Durante a live, mediada por Cláudia Leitão, diretora do Observatório de Fortaleza, o jornalista e sociólogo Ricardo Moura, da Rede de Observatórios da Segurança, abordará a sobreposição do avanço do coronavírus ao aumento da violência na Capital, com o incremento do número de assassinatos.

Para o convidado desta semana, o dado mais importante é que abril de 2020, mesmo com o isolamento social, foi o mais violento dos últimos oito anos, desde que a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS-CE) começou a monitorar os números da violência. “Ainda não saiu a estatística do dia 30/04, mas os números até o dia 29 apontavam para 415 homicídios. Em nenhum mês de abril de anos anteriores este número chegou a 400. Em 2019, abril registrou 213 mortes violentas”, informa Ricardo Moura.

Contraditório

Esse dado, segundo o jornalista, é muito forte e, aparentemente, contraditório. “Esperava-se que, com o recolhimento da população, esses números baixassem, o que não ocorreu”. Moura percebe que em janeiro deste ano, Fortaleza já havia registrado um aumento com relação a janeiro de 2019, mas que após o motim dos policiais militares, em fevereiro, o número de homicídios disparou e, até hoje, permanecem em patamares elevados.

“Durante este isolamento, tem havido uma grande incidência de crimes entre membros de facções, mas há também uma alta incidência de crimes interpessoais, do desejo de causar dano ao outro, alimentada por rivalidades. É da nossa cultura”, diz Moura.

Entre os homicídios motivados por disputas de território entre traficantes e rivalidades pessoais, o grande alvo tem sido os jovens com idade entre 13 e 19 anos. “Essas vítimas costumam ser executadas em casa ou nas suas proximidades. Então, o fato de estar em isolamento não as protege desse tipo de crime”, observa.

O que é a Rede de Observatórios da Segurança?

A Rede de Observatórios da Segurança reúne cinco organizações, em cinco estados (Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo), conectadas para monitorar, analisar e difundir informações sobre segurança pública, violência e direitos humanos. Trata-se de uma iniciativa de instituições acadêmicas e da sociedade civil desses estados, dedicada a acompanhar políticas públicas de segurança e a criminalidade nessas regiões.

Com metodologia inspirada na bem sucedida experiência do Observatório da Intervenção, projeto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), que monitorou as ações das Forças Armadas no Rio de Janeiro durante a intervenção federal em 2018, a Rede acompanha 16 indicadores, além dos dados oficiais e orçamentos governamentais, e realiza relatórios, infográficos, vídeos, seminários e encontros.

Sobre o convidado

Ricardo Moura é jornalista e cientista social, assessor de Comunicação da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE) e pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (LEV/UFC). Possui a coluna semanal "Segurança Pública" no jornal O Povo (Fortaleza/CE).

Serviço:
Live "O monitoramento dos dados da violência em Fortaleza no contexto da pandemia por Covid-19"
Data: 07/05 (quinta-feira)
Horário: 17 horas
Instagram do Observatório de Fortaleza (@observatoriodefortaleza)
Apresentação: Cláudia Leitão
Convidado: Ricardo Moura

Violência em Fortaleza no Contexto da Pandemia é tema de live no Observatório em Rede

Durante a live, mediada por Cláudia Leitão, o jornalista e sociólogo Ricardo Moura abordará a sobreposição do avanço do coronavírus ao aumento da violência na Capital

arte com nome e informações do evento e fotos dos participantes

A terceira Live do #ObservatorioEmRede Ao Vivo! será sobre a Violência em Fortaleza no Contexto da Pandemia de Covid-19, e vai ao ar nesta quinta-feira (07/05), às 17 horas, no Instagram do Observatório de Fortaleza.

Durante a live, mediada por Cláudia Leitão, diretora do Observatório de Fortaleza, o jornalista e sociólogo Ricardo Moura, da Rede de Observatórios da Segurança, abordará a sobreposição do avanço do coronavírus ao aumento da violência na Capital, com o incremento do número de assassinatos.

Para o convidado desta semana, o dado mais importante é que abril de 2020, mesmo com o isolamento social, foi o mais violento dos últimos oito anos, desde que a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS-CE) começou a monitorar os números da violência. “Ainda não saiu a estatística do dia 30/04, mas os números até o dia 29 apontavam para 415 homicídios. Em nenhum mês de abril de anos anteriores este número chegou a 400. Em 2019, abril registrou 213 mortes violentas”, informa Ricardo Moura.

Contraditório

Esse dado, segundo o jornalista, é muito forte e, aparentemente, contraditório. “Esperava-se que, com o recolhimento da população, esses números baixassem, o que não ocorreu”. Moura percebe que em janeiro deste ano, Fortaleza já havia registrado um aumento com relação a janeiro de 2019, mas que após o motim dos policiais militares, em fevereiro, o número de homicídios disparou e, até hoje, permanecem em patamares elevados.

“Durante este isolamento, tem havido uma grande incidência de crimes entre membros de facções, mas há também uma alta incidência de crimes interpessoais, do desejo de causar dano ao outro, alimentada por rivalidades. É da nossa cultura”, diz Moura.

Entre os homicídios motivados por disputas de território entre traficantes e rivalidades pessoais, o grande alvo tem sido os jovens com idade entre 13 e 19 anos. “Essas vítimas costumam ser executadas em casa ou nas suas proximidades. Então, o fato de estar em isolamento não as protege desse tipo de crime”, observa.

O que é a Rede de Observatórios da Segurança?

A Rede de Observatórios da Segurança reúne cinco organizações, em cinco estados (Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo), conectadas para monitorar, analisar e difundir informações sobre segurança pública, violência e direitos humanos. Trata-se de uma iniciativa de instituições acadêmicas e da sociedade civil desses estados, dedicada a acompanhar políticas públicas de segurança e a criminalidade nessas regiões.

Com metodologia inspirada na bem sucedida experiência do Observatório da Intervenção, projeto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), que monitorou as ações das Forças Armadas no Rio de Janeiro durante a intervenção federal em 2018, a Rede acompanha 16 indicadores, além dos dados oficiais e orçamentos governamentais, e realiza relatórios, infográficos, vídeos, seminários e encontros.

Sobre o convidado

Ricardo Moura é jornalista e cientista social, assessor de Comunicação da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE) e pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (LEV/UFC). Possui a coluna semanal "Segurança Pública" no jornal O Povo (Fortaleza/CE).

Serviço:
Live "O monitoramento dos dados da violência em Fortaleza no contexto da pandemia por Covid-19"
Data: 07/05 (quinta-feira)
Horário: 17 horas
Instagram do Observatório de Fortaleza (@observatoriodefortaleza)
Apresentação: Cláudia Leitão
Convidado: Ricardo Moura