“Os cuidados que eu tenho com o João, muita gente poderia fazer igual, mas o amor e o aprendizado que ele trouxe para minha casa não tem preço. João é como um ponto de luz. Conseguiu sensibilizar todo mundo ao nosso redor”. O depoimento é de Aline Santos, 34 anos, mãe de uma menina de 10 anos e que, por meio do Serviço Família Acolhedora, cuida do pequeno João de 11 meses.
Atualmente, Fortaleza conta com 16 famílias acolhedoras. No entanto, a meta da Prefeitura, através da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), é chegar a 30 famílias para o serviço. O Família Acolhedora é uma modalidade de acolhimento preferencial e provisório que visa garantir o direito constitucional à convivência familiar e comunitária, bem como a individualização do atendimento e a desinstitucionalização, enquanto essas crianças e adolescentes são afastados da convivência familiar por medida protetiva judicial.
“Quando eu decidi participar, a minha intenção era acolher uma criança com a idade próxima da minha filha de 10 anos. Mas quando as meninas da equipe fizeram a proposta de acolher um bebê, com questões sérias de saúde, eu não pensei duas vezes e só aceitei. Imaginei que meu desafio não seria maior do que tudo que ele já havia enfrentado mesmo tão pequeno. Por sorte, do tamanho que vem o desafio, também vem a ajuda. A equipe me deu sempre todo o suporte. E a comunidade ao meu redor também me ajudou muito. As pessoas se emocionam com a história do João”, conta Aline.
De acordo com a coordenadora do Família Acolhedora, Juliana Leonísia, o serviço é essencial para o bem-estar dessas crianças. “Precisamos da mobilização de mais famílias para se cadastrarem e se tornarem aptas para acolher nossas crianças e adolescentes que estão nos abrigos e proporcionar a elas a experiência de viver numa família", destaca.
Para estar apta a acolher, as famílias interessadas em fazer parte do serviço não podem ter intenção de adoção. É necessária a concordância de todos os membros da família pelo acolhimento. Além disso, os acolhedores precisam residir em Fortaleza há pelo menos um ano; não estarem respondendo a processo judicial; terem idade igual ou superior a 21 anos; e terem disponibilidade de tempo para participar da capacitação das famílias acolhedoras, formação continuada e acompanhamento técnico familiar com equipe multiprofissional. Não há restrição quanto ao sexo e estado civil.
Os interessados podem fazer o cadastro neste formulário on-line. Em caso de dúvida, o contato pode ser feito pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (85) 98902.8374 e (85) 3105.3449.
Referência
Diante do sucesso do serviço, a equipe do Família Acolhedora tem recebido visitas para apresentar os detalhes da iniciativa. Nesta terça-feira (15/02), representantes da Proteção Social Especial Alta Complexidade da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH) da Prefeitura de Caruaru (PE) estarão em Fortaleza para conhecer de perto o serviço. Já na semana que vem, será a vez de representantes da Prefeitura de Caucaia (CE).