A Prefeitura de Fortaleza realizou, entre os meses de janeiro e julho deste ano, cerca de 5.000 abordagens a pessoas em situação de vulnerabilidade, que foram, posteriormente, encaminhadas para a rede de serviços socioassistenciais, de acordo com a demanda apresentada por cada indivíduo. Esse trabalho, desenvolvido pela Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), é executado por meio do Serviço Especializado de Abordagem Social, que realiza a busca ativa, a identificação e o mapeamento das demandas desse público.
A abordagem é realizada por profissionais qualificados para este tipo de ação, pois leva em consideração que este é, muitas vezes, o primeiro contato que a pessoa tem em busca de algum tipo de ajuda. De acordo com o titular da SDHDS, Francisco Ibiapina, o serviço assume um papel fundamental na superação das vulnerabilidades desta população. “Através de ações planejadas de aproximação, escuta qualificada, construção de um vínculo de confiança, essas pessoas e famílias em situação de risco pessoal social recebem atendimento, acompanhamento e podem ter viabilizado o acesso à rede de proteção social”, afirma.
Na Prefeitura, o serviço é realizado por equipes compostas por um técnico de referência (pedagogo, psicólogo ou assistente social) e educadores sociais (profissionais com, no mínimo, nível médio completo). No total, oito equipes, sendo seis oriundas dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e duas dos Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centros Pop), circulam em logradouros públicos, praças, terminais de ônibus e outros locais da cidade, realizando a busca ativa dessa população. Os locais são determinados de acordo com a incidência já identificada previamente, como também em novos pontos onde tenham havido denúncias.
O coordenador do Centro Pop – Unidade Centro, Elias Figueiredo, destaca como acontece o acompanhamento após a abordagem. “No pós-abordagem ,é iniciado um processo de acompanhamento e direcionamento à rede socioassistencial, onde os educadores sociais e equipe técnica conseguem monitorar a contra-referência dos casos, além também de servir de suporte para essas pessoas que, muitas vezes, estão fragilizadas pelas situações de exclusões vivenciadas na rua”, afirma.
Segundo Elias, os principais serviços necessários nesse primeiro momento são: encaminhamento para retirada da documentação civil, para atendimento de saúde, para os Sines municipais e para acesso aos benefícios socioassistenciais, como Bolsa Família, por exemplo.
Como ajudar
Caso o cidadão encontre situações de riscos sociais, como trabalho infantil e situação de rua, é possível acionar o serviço de abordagem ligando para o disque 100 ou para os números (85) 3238-1828 (plantão do Conselho Tutelar, para situações que envolvam crianças e adolescentes) e 3488-9895 (Ouvidoria SDHDS).