Com o intuito de aproximar a comunidade de maneira ativa e levar atividades diversas para diferentes faixas etárias, o projeto Cuca na Rua alegrou a tarde dos moradores da comunidade Cidade Jardim I nesta sexta-feira (09/07). Realizado por meio da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas de Juventude (CEPPJ), a iniciativa promoveu, uma roda de conversa sobre saúde da mulher ministrada por uma enfermeira da Rede Cuca, além de brincadeiras para as crianças como pinturas e jogo de bila, “pega palito”, pinturas, dentre outras atividades.
A ação itinerante aconteceu na sede do projeto Uma Flor Nasceu na Cidade Jardim. Há sete anos acolhendo crianças das proximidades com aulas de reforço, dança e artesanato, foi neste local de referência que o supervisor de direitos humanos do Cuca José Walter, Bruno Ramos, acertou para que o Cuca na Rua pudesse chegar a mais pessoas.
“A gente organizou junto com a comunidade que tem participado desse processo ativamente, inclusive propondo as atividades. A Rede Cuca acolhe as sugestões e constrói o momento e realiza a ação. O trabalho de territorialização vem sendo desenvolvido desde a inauguração do Cuca do José Walter. Já tinha o contato do pessoal e de fato, o Cuca na Rua marca uma inserção mais substancial para além das conversas e visitas que já tinham sido feitas, trazendo atividades”, explicou Bruno.
As interações com brincadeiras para as crianças aconteceram dentro e fora da estrutura que acolheu o projeto, e conforme o supervisor, o público infantil é fundamental porque a Rede Cuca já planeja o futuro onde os pequenos se tornarão jovens. "A criança também tem irmãos, pai, mãe e se torna um agente de cidadania após essa interação. A gente tem essa expertise de trazer as atividades, mas no fundo fazemos um trabalho de vínculo e de educação social para aqueles que serão os futuros frequentadores do Cuca e de outras políticas públicas”, disse.
Quem participou das atividades infantis como voluntária para acompanhar as crianças foi Giselly Xavier, de 17 anos. Desde os 10 anos ela frequenta, como estudante, o espaço construído no Cidade Jardim e está conhecendo, recentemente, a Rede Cuca. Para ela é especial poder influenciar positivamente outras crianças que vivenciam a mesma realidade,
“Hoje, somos nós que ajudamos na associação e também estou tendo esse contato com o Cuca agora. Está sendo maravilhoso, as crianças estão se distraindo, tendo um espaço para aprender e crescer. Tirar as crianças que brincam na rua e ensiná-las é muito gratificante, até porque um dia passei por esse processo. Há muito a se trocar e desenvolver com o Cuca”, destacou Giselly.
Por sua vez, a dona de casa Maria Socorro Batista, de 60 anos, moradora do Cidade Jardim há três anos, possui três netos que praticam atividades na sede. Ela aproveitou a oportunidade para participar da roda de conversa e aprender sobre saúde feminina. “Eu já participo de tudo por aqui e foi ótimo. A gente nunca tem essa chance de ter uma pessoa que faça com a gente esse papel informativo. Foi importante saber que existem as opções de prevenção de gravidez, e quem tava aqui ouviu coisas que talvez nunca ouviu em casa. Eu tenho netas que um dia vão precisar ouvir isso de mim”, contou.