A Prefeitura de Fortaleza iniciou, por meio do Instituto de Planejamento do Município (Iplanfor), nesta quarta-feira (16/9), a segunda fase segunda fase do Projeto Fortaleza 2040 – “Fortaleza que Queremos” – junto aos núcleos territoriais de Cada Regional. A primeira reunião aconteceu no Centro, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

No encontro, foi apresentado o diagnóstico da Fortaleza Hoje (primeira fase) e a revista “O Olhar dos Moradores”, desenvolvida por representantes de 83 bairros da capital. Em seguida, foram feitas as orientações relativas à segunda etapa do Projeto, que busca construir a visão de futuro da cidade e os principais desafios para alcançá-la. Os grupos territoriais são divididos em núcleos e devem responder a um Caderno de Trabalho, discutindo as seguintes questões: vida comunitária; segurança; educação; saúde; cultura; esporte; habitação e regularização fundiária; desenvolvimento urbano; acessibilidade; meio ambiente e patrimônio; saneamento e infraestrutura domiciliar; participação e controle social; e economia, mercado de trabalho, emprego e renda.

“Nós já temos um diagnóstico dos moradores, dos vários segmentos que tem interesse na cidade e dos agentes das políticas públicas. Com essa visão compartilhada dos grupos, nós vamos agora iniciar o debate da Fortaleza que queremos até 2040. Ao final do ano, nós saberemos quais os nossos desafios, que serão respondidos em nossa terceira etapa”, explicou o presidente do Iplanfor, Eudoro Santana. “A comunidade, em sua grande maioria, tem problemas específicos e pontuais. Mas há problemas abrangentes, como a violência, por exemplo, ou a necessidade de mais esportes e praças. Tudo isso já está no bojo das propostas que serão apresentadas”.

Participaram da reunião representantes de entidades atuantes no Centro e no bairro Moura Brasil, dentre comerciantes, representantes de entidades de classe, instituições públicas, associações e movimentos de bairro.

O vice-presidente da CDL, Pio Rodrigues, reforçou a importância comercial do bairro para a cidade. “Estamos definindo de forma democrática e participativa o futuro da cidade que sonhamos, desejamos e merecemos. O princípio basilar dessa iniciativa é relevante e muito bem recebido pelo setor do comércio de Fortaleza. Nós queremos focar, sobretudo, no Centro, pois é um local que reúne a maior quantidade se lojistas de todos os tamanhos e diversidade de preços. O Centro deve ser uma prioridade”, disse.

Para o presidente da associação comunitária Moura Brasil, André Nascimento, o projeto é necessário para que demandas antigas da comunidade de concretizem na forma de políticas públicas. “Esse projeto vem também para os nossos filhos e netos. O Moura Brasil tem mais de 100 anos e foi esquecido por muito tempo, temos muitos problemas. Eu acredito que dessa vez, realmente, a gente vai ter a possibilidade de sermos valorizados”. apontou.

Os grupos territoriais terão até o final de outubro para entregarem os relatórios seguindo o modelo solicitado pelo projeto, no qual deverão resumir o pensamento do grupo e registrar como se deu e quem participou das reuniões. O relatório em formato editável deverá ser enviado para o email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O acesso aos documentos e formulários digitais pode ser feito pelo site do Projeto: www.fortaleza.ce.gov.br/fortaleza2040.

A segunda fase do Fortaleza 2040 acontece até dezembro de 2015 também nos núcleos setoriais e do poder público. A terceira fase, “O que fazer para alcançar a cidade que queremos”, será concluída até junho de 2016.

O olhar dos moradores

As reuniões territoriais da primeira fase do Projeto Fortaleza 2040 (Fortaleza Hoje) ocorreram nas sete Regionais da cidade, entre março e abril de 2015. Os encontros contaram com a presença de mais de 1.800 pessoas, representando mais de 500 entidades de bairro.

Os temas discutidos abordaram a caracterização do bairro, a infraestrutura para moradia e mobilidade, o acesso aos serviços, a integração social e a economia nos bairros. Já a proposta de mapeamento objetivou identificar em cada bairro onde se encontravam suas principais ameaças e potencialidades, como também onde se localizavam patrimônios culturais relevantes para a comunidade local.

O resultado do diagnóstico foi a revista “O olhar dos moradores” que conta com a descrição da dinâmica de participação dos bairros, sua caracterização, levantamento da infraestrutura, moradia, acesso aos serviços, interação social e economia das regiões, além de mapas comunitários e anexos.