A Prefeitura de Fortaleza realizou reunião do comitê de políticas públicas para prevenção e ações de combate de arboviroses da capital, na manhã desta terça-feira (30/05), no Paço Municipal. Na ocasião, foram articuladas ações intersetoriais para ações de combate ao aedes aegypti e as doenças dengue, zika e chikungunya, com enfoque na necessidade de ampliação das notificações de doenças como chikungunya, na rede privada de saúde da capital.
“O que temos hoje são número que nos preocupam. Na Regional II, onde temos concentrados o maior número de hospitais da rede privada, temos uma notificação em torno de 3,5% de casos de chikungunya e sabemos que essa não é a nossa realidade, pois os óbitos na rede privada hospitalar chegam a 38% dos casos. Por tanto, precisamos estimular a rede hospitalar privada a notificar, apontar casos de suspeitas para que tenhamos um número que represente a realidade”, afirmou Itamárcia Carneiro, secretária adjunta da Saúde de Fortaleza.
Buscando alcançar o número concreto de casos de arboviroses na cidade, a Prefeitura encaminha técnicos nas emergências dos hospitais, leitos de UTI e residências. Quando ocorre o óbito do paciente, cada caso passa por processo de investigação para que possa ser confirmada a enfermidade por meios científicos. O objetivo é ter o número concretos e dados para que políticas públicas possam ser ampliadas.
Diversas ações vêm sendo desenvolvidas pela Prefeitura de Fortaleza para o combate dessas doenças, entre elas estão a intensificações de atividades de controle vetorial que perpassam pelo levantamento e acompanhamento de índices, eliminação de criadores de vetores, aplicação de larvicidas, formação de educadores e multiplicadores temáticos, criação de campanhas educativas nas escolas, fiscalização de imóveis, intensificação de visitas, ações de comunicação e propaganda para envolvimento da sociedade.
Nélio Morais, titular da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covis), lembrou da importância do envolvimento da população em junho, mês de maior incidência das arboviroses na capital. “O momento é estratégico. A febre chikungunya é uma doença nova, toda a população de Fortaleza esta susceptível. Temos que dar uma resposta concreta, ela vem através do poder público, cada vez mais organizado e atuante, e a sociedade. Hoje, a maioria absoluta dos focos se encontra dentro dos imóveis e domicílios, sendo a participação popular a respostas mais consagradora que podemos ter. A febre chikungunya preocupa sim pela intensidade dos casos e número de óbitos sobre tudo em pessoas idosas”, declarou.
Com o aumento em 95,9% dos casos no comparativo de janeiro de 2016 e 2017, a febre chikungunya é a que mais preocupa especialistas. Até abril desse ano, já foram notificados mais de 17 mil casos só no Ceará, sendo que em 81% dos casos, o foco estava na residência dos infectados com a enfermidade.