A ingestão do álcool é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidentes com alto índice de severidade e mortes no trânsito. Diante dessa realidade, a Prefeitura de Fortaleza aproveita o período de alta estação para intensificar a Operação Lei Seca em vias movimentadas da Capital no intuito de coibir tal prática irregular que compromete milhares de vidas. A ação faz parte da campanha “Se Beber, Não Dirija” que também tem o apoio da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global que desde 2015 apoia a política municipal de redução de acidentes.
Nos últimos quatro meses, a AMC realizou 13.532 testes de etilômetro, sendo 61 positivos para alcoolemia e 260 condutores que se recusaram ao teste. Durante as ações de abordagem, agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) atuam oferecendo o teste do etilômetro e verificando as condições de trafegabilidade do veículo e do condutor. Panfletos educativos também serão distribuídos para orientar o motorista quanto ao perigo de dirigir após ingerir bebida alcoólica. A ação, que acontece em vários pontos da cidade, terá o apoio com a Guarda Municipal de Fortaleza (GMF) e da Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
Em paralelo a esse trabalho, a Gerência de Educação do órgão também promoverá a atividade “AMC nos Bares”. Durante a visita dos educadores aos restaurantes, o público poderá utilizar os óculos simuladores da embriaguez que representa o efeito do álcool no organismo.
No Brasil a tolerância de álcool é zero. Conduzir veículo automotor sob influência dessa substância é uma infração de natureza gravíssima X 10 e se a concentração for igual ou superior a 0,30 miligramas de álcool por litro de ar alveolar ou o motorista tenha sinais que indiquem alteração de capacidade psicomotora, o mesmo ainda será detido. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um condutor que desrespeita a lei com um copo de cerveja, por exemplo, tem três vezes mais chance de morrer em um acidente do que um condutor sóbrio. Portanto, ao aplicar as leis de trânsito, espera-se promover uma maior conscientização da população e o mais importante: preservar vidas.
“A tendência é reforçar essas mobilizações para criar a cultura no cidadão de espeito às normas de circulação viária. Ao intensificarmos a fiscalização, estaremos aumentando a segurança de todos, visto que o álcool torna os reflexos mais lentos, diminui a vigilância e reduz a acuidade visual, o que contribui para acidentes graves e mortes no trânsito”, explica o superintendente do órgão, Arcelino Lima.