O prefeito Roberto Cláudio inaugurou, na manhã deste sábado (11/06), a primeira Área de Trânsito Calmo da cidade, no bairro Rodolfo Teófilo (Regional III). A atividade, um conjunto de medidas físicas e de sinalização, busca trazer maior ordenamento e priorizar o tráfego de passageiros, reduzindo também o índice de acidentes no trânsito dessa localidade.

“Essa é a primeira intervenção do tipo. Ela é feita em parceira com a fundação Bloomberg e apenas duas cidades do Brasil recebem essas ações, São Paulo e Fortaleza. A atividade concilia engenharia de trânsito com ações preventivas na área da saúde pública para diminuir o número de acidentes que causam morbidade e mortalidade no trânsito”, explicou o gestor da Capital.

A partir da agora,  a área, conhecida pela grande concentração de equipamentos sociais e intenso fluxo de transeuntes e veículos, recebe sinalização especial , com três travessias elevadas para pedestres, 14 prolongamentos de calçadas e um painel eletrônico educativo.

O projeto piloto permitirá, ainda, mais conforto e segurança aos pedestres e pessoas com mobilidade reduzida, por meio da redução do limite de velocidade para 30Km/h. Neste primeiro momento, serão realizadas campanhas de educação no local, para readequação da nova realidade daqueles que utilizam os quadriláteros diariamente, como explicou Arcelino Lima, superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC). “A partir de hoje, vamos fazer ações educativas com o pessoal da orientação de transito e Via Livre para poder explicar a nova dinâmica desse quadrilátero. Depois de um período de conscientização, começaremos a fazer as notificações, caso haja a insistência ao desrespeito”, disse.

Para a pensionista Jucivalda Ferreira de Brito (70) que utiliza diariamente as ruas da região, a novidade chega em boa hora. “Antes, não tinha condição de ninguém atravessar. Era horrível porque era um carro em cima do outro, se a pessoa não pedisse para pararem, não paravam. Agora, não tem problema, vão direitinho, reduzem a velocidade”, completou.

A expectativa é que, com o sucesso do projeto, novas regiões da cidade recebam a experiência, possibilitando mais segurança e mobilidade aos fortalezenses, de acordo com  Luis Alberto Saboia, secretário executivo da Conservação e Serviços Públicos do Município.

Investimento como esse, em mobilidade urbana e segurança viária, se caracterizam também como ações para saúde pública. Em média, estima-se 500 mortes por anos, entre colisões de veículos, atropelamentos, desrespeito a ciclistas, entre outros, na cidade de Fortaleza.