O prefeito Roberto Cláudio entregou, na noite desta quinta-feira (28/02), a requalificação do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (Caps AD) da Regional IV. O equipamento, instalado no bairro Itaperi, recebeu, além de melhorias infraestruturais, intervenções elétricas e hidráulicas.
A iniciativa fortalece as políticas públicas direcionadas à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Fortaleza. O ambiente, composto por salas de acolhimento, consultórios, espaço de convivência e auditório, foi contemplado, ainda, com telhamento, pintura e readequação da ambiência.
“Este era um dos equipamentos municipais em situação mais precária. Hoje, estamos entregando o Caps requalificado, cumprindo o compromisso de melhorar a Saúde Mental da Cidade. Para isso, estamos investindo, para além das estruturas físicas, em novos profissionais concursados e em uma logística mais eficiente de distribuição de medicamentos. Assim, será possível garantir maior eficiência aos tratamentos e maior segurança aos pacientes”, informou o Prefeito.
Durante a solenidade, da qual participaram a secretária Municipal da Saúde, Joana Maciel, a gerente da Célula de Atenção à Saúde Mental, Aline Gouveia, dentre outras autoridades, a população avaliou positivamente a transformação pela qual passou o local.
“A reforma aconteceu em boa hora. O prédio está mais bonito, dá até gosto de ver. Quem já viveu essa situação, com filho envolvido com bebida e com droga, sabe como é penoso. Esse atendimento é importante porque dá esperança para a gente”, disse M. A. S. (iniciais fictícias), mãe de paciente assistido pela unidade.
Perfil de atendimento (Caps AD)
Com perfil de atendimento voltado para pessoas que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas, o Caps AD da Regional IV realiza, em média, 11 mil atendimentos entre acolhimentos, avaliações, atendimentos individuais e em grupo, visitas domiciliares e orientações às famílias.
O equipamento conta com uma equipe multiprofissional completa, formada por médico, psicólogo, enfermeiro, terapeuta ocupacional, técnico de enfermagem, assistente social, dentre outros profissionais que auxiliam o acompanhamento dos pacientes.
De acordo com Aline Gouveia, com estas intervenções, será possível realizar um melhor acolhimento aos usuários. “O atendimento ocorre inicialmente por meio dos 113 postos de saúde, onde são acolhidas as crianças e os adolescentes de baixo risco pelas equipes do Programa Estratégia Saúde da Família (ESF). Os CAPS complementam de forma estratégica esses atendimentos para os casos de médio e alto risco”, reforçou.
Melhorias multissetoriais
A reforma do Caps AD da Regional IV reforça os investimentos multissetoriais realizados pela Prefeitura de Fortaleza ao longo da atual gestão. A exemplo da política de distribuição dos 84 medicamentos prioritários da atenção primária, estrategicamente disponíveis nas Centrais de Medicamentos de Fortaleza localizadas nos terminais de ônibus, a Rede de Atenção Psicossocial está sendo contemplada com proposta similar.
“Nossa equipe técnica definiu 41 medicamentos prioritários, aqueles que tratam as principais doenças, como as esquizofrenias, e já contratou farmacêuticos para atuar nas Centrais de Medicamentos. Nós esperamos que, a partir do final do mês de março, a distribuição desses remédios esteja garantida nos Caps ou nas Centrais”, esclareceu a titular da Secretaria da Saúde de Fortaleza, Joana Maciel.
A secretária da Saúde acrescentou, ainda, a relevância de outras iniciativas. “A decisão política da atual gestão de aprimorar a assistência psicossocial inclui quatro eixos. Além de melhorar as estruturas físicas, estamos investindo na força de trabalho. Recentemente, foi realizado o primeiro concurso do município específico para esta Rede de atenção. Serão mais de 130 profissionais que farão a diferença a partir do meio deste ano. Além disso, estamos fortalecendo parcerias importantes a fim de desenhar um plano de educação continuada”, finalizou.
Saiba Mais
A Rede de Atenção Psicossocial do Município de Fortaleza (RAPS) dispõe de seis CAPS gerais, sete CAPS álcool e drogas, dois CAPS infantis cinco Unidades de Acolhimentos, além de três residências terapêuticas.