O Prefeito Roberto Cláudio assinou, nesta sexta-feira (29/5), o contrato de construção de 23 Escolas de Tempo Integral (ETI) e a ordem de serviço para reforma e adaptação de novos ambientes da escola Aldemir Martins, no bairro Barra do Ceará. Atualmente, Fortaleza conta com 12 escolas do tipo em funcionamento – atendendo 3.668 alunos – e seis em construção (Vila Velha, Conjunto Ceará, Siqueira, Presidente Vargas, Planalto Ayrton Senna, Curió), que devem ficar prontas até o final deste ano.

O Prefeito ressaltou que não havia nenhuma Escola de Tempo Integral em Fortaleza no início da gestão. Com as novas Escolas o número deve chegar a 41 até 2016, beneficiando quase 16 mil estudantes da rede pública de ensino do 6º ao 9º ano (25% dos alunos da rede municipal neste nível escolar). Ele explicou que isso reverte a queda de 10 mil matrículas da rede pública municipal nos cinco anos anteriores à gestão. 

“Hoje nós estamos celebrando a assinatura para 23 escolas novas, localizadas em bairros mais pobres da cidade. Essas escolas têm duas razões para existir: proteger os jovens, tirando-os das ruas e dando oportunidade para eles passarem o dia inteiro na escola e dar a esses jovens uma oportunidade diferenciada de aprendizagem. Nós estamos apostando fortemente nesse modelo de educação”, afirmou. “Muitos desses jovens poderão sair do Tempo Integral do ensino fundamental para entrar no Tempo Integral do ensino médio. A gente está escrevendo uma nova história para a escola pública de Fortaleza. São escolas modernas, novas e que têm um papel social fundamental aos nossos jovens”.

As 23 novas Escolas de Tempo Integral estão distribuídas nas Regionais II, III, V e VI, com um montante de investimento de cerca de R$ 201,7 milhões. Os equipamentos foram concebidos e projetados especificamente para funcionar oferecendo ensino integral e contarão com área construída de cerca de 3.900 m², onde terão quadra e vestiários, biblioteca, hall, salas das coordenações de estágio, de professores e pedagógica, secretaria, laboratórios de Informática, Matemática/Física, Química/Biologia, pátio coberto, auditório, despensa, cozinha, refeitório, lavatório, diretoria, recepção, almoxarifado, banheiro para deficientes, elevador, sanitário masculino e feminino, casa de bombas e casa de gás.

Conforme o secretário municipal da Educação, Jaime Cavalcante, os bairros onde as 23 Escolas serão construídas foram escolhidos com base no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “Essas escolas foram planejadas para serem colocadas em áreas de risco e há uma concentração maior de equipamentos nas Regionais I, V e VI. São locais em que os jovens têm menos condições de fazer uma educação formal de qualidade. Fizemos um levantamento em cima do IDH de cada bairro para beneficiar o jovem mais necessitado e dar oportunidade para que ele tenha um futuro promissor”, disse. Ele também reforçou que 48 Centros de Educação Infantil (CEIs) já foram reformados e outros 40 passarão por manutenção e reformas até o fim da gestão.

A Escola de Tempo Integral Aldemir Martins é a sexta instituição que entrou em reforma este ano, com investimentos orçados em R$ R$ 1.303.688,13. De acordo com o Prefeito Roberto Cláudio, é necessário investir na manutenção do parque escolar. “Há um grande investimento em recuperação do parque escolar existente. Além de escolas novas estamos também preocupados em adaptar e melhorar a estrutura física desses locais. Esse é um esforço que não pode parar”, apontou.

O equipamento oferece ensino de tempo integral a 350 alunos da rede pública municipal e contará com novos espaços como auditório, vestiários e banheiros adaptados para pessoas com necessidades especiais, projetos de acessibilidade, ampliação de áreas destinadas ao refeitório e mudanças na biblioteca e nos laboratórios de Informática, Química, Física, Biologia e Matemática. Além disso, a reforma contemplará também a recuperação geral da edificação.

Segundo a diretora da escola Aldemir Martins, Francisca Sousa, a reforma trará inúmero benefícios. “Os alunos terão novos espaços de ocupação e nós vamos poder proporcionar um ambiente mais agradável para esse aluno ficar o dia todo aqui. Qualquer ganho que venha para a educação é um ganho para comunidade em geral. A gestão pode passar, mas as melhorias que são feitas permanecem para quem faz uso do equipamento”.

Para a dona de casa Eliene Ferreira, mãe da aluna Maria Vitória, 15, o Ensino em Tempo Integral melhora a aprendizagem da filha. “É a melhor coisa que tem, pois a escola é a segunda casa dos filhos da gente. Em vez de ficar se distraindo, ela tem que vir estudar. O estudo é o ouro que esses jovens têm”, pontuou.