O Prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio visitou três veículos de comunicação na tarde desta quinta-feira (12/03) para apresentar o novo Programa de Ações para Gestão de Resíduos Sólidos, que irá combater o problema de lixo em Fortaleza.

Durante a apresentação do programa no O Povo, TV Cidade e TV Jangadeiro, o prefeito informou que, atualmente, há 1,8 mil rampas de lixo catalogadas na cidade. A proposta, que será apresentada nesta sexta-feira (13/03) para a Câmara Municipal de Fortaleza, prevê multas maiores para empresas que cometerem irregularidades na destinação do lixo, além de correrem o risco de ter o alvará de funcionamento cassado.

De acordo com Roberto Cláudio, o lixo é um problema para Fortaleza, que compromete a cidade em fatores de saúde, meio ambiente e economia. “Se o cidadão não vê o lixo como um problema, não vai se incomodar em ver espalhado na cidade e vai continuar poluindo o ambiente. Mas o lixo tem impactos negativos na vida das pessoas, comprometendo, inclusive, a saúde da população. O que acontece hoje é que o cidadão ou estabelecimento recebe a multa, não paga e seu nome não vai para SPC ou Serasa. Por isso que precisamos de penas mais rígidas para controlar este problema”, disse o Prefeito.

Durante a apresentação, Roberto Cláudio disse que, para reduzir as despesas, muitas empresas despejam seus resíduos por meio de carroceiros ou empresas clandestinas. 14 empresas são legalizadas para esse tipo de coleta de lixo, mas, segundo a Prefeitura, outras 24 atuam clandestinamente.

Para a titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Águeda Muniz, uma nova cultura do lixo de Fortaleza é essencial para a cidade. “Todas estas mudanças vão mais além do que a educação ambiental”, contou.

A geração de lixo em Fortaleza é de 1,89 kg por habitante ao dia – média igual à de Nova York e superior à de São Paulo (1,25), Rio de Janeiro (1,61) ou Distrito Federal (1,69). “Isso não representa que Fortaleza produza mais lixo que outras cidades. A gente está coletando o que não deveria estar. Estamos fazendo o papel que o ente privado deveria estar fazendo”, explicou Roberto Cláudio.

O programa tem 13 pontos e prevê ações de curto (seis meses), médio (doze meses) e longo prazos (24 meses). As propostas do programa são: revisão da legislação com multas mais graves; implantação de sistema eletrônico de controle em containers e apreensão dos irregulares; equipes de ciclomonitoramento para identificar e fiscalizar os problemas; implantação de 2 mil lixeiras em Fortaleza; aplicativo para smartphone onde a população enviará as denúncias e flagrantes; requalificação de áreas degradadas; ecopontos onde irão se concentrar os locais para reciclagem que serão convertidos em créditos para a população; ações para incentivar a reciclagem; implantação de 3 áreas para recebimento de reciclagem; e legislação para padronizar as calçadas. Após a aprovação na Câmara, a proposta será iniciada imediatamente.