O prefeito Roberto Cláudio apresentou, nesta segunda-feira (20/11), em coletiva de imprensa no Paço Municipal, a edição 2016 do Anuário de Segurança Viária de Fortaleza. O documento, viabilizado em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, analisa, além das principais causas de acidentes de trânsito em Fortaleza, as iniciativas já implementadas na Cidade, facilitando a busca por estratégias capazes de melhorar o cenário local na perspectiva. Participaram do evento a coordenadora de Relações Internacionais e Federativas (Cerif), Patrícia Macedo; o superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania, Arcelino Lima; o titular da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos, João Pupo; além de outros gestores da Prefeitura de Fortaleza e dos demais órgãos envolvidos.
O documento apontou, em decorrência dos esforços implantados pela Prefeitura de Fortaleza no segmento, expressiva queda no número de mortes em trânsito na Capital. Segundo o Relatório, em 2016, 281 mortos foram contabilizados, registrando o menor índice dos últimos 15 anos. Já entre 2011 e 2016, o número de pedestres mortos no trânsito caiu pela metade.
O aprimoramento da segurança viária em Fortaleza é fruto de ações holísticas, desenvolvidas de forma integrada, que desprendem esforços voltados ao redesenho urbano, à comunicação, à fiscalização e à educação no trânsito. Nessa perspectiva, entre 2014 e 2016, 157 vidas foram salvas na Capital. Dentre iniciativas relevantes, que envolvem campanhas educativas e intervenções físicas, destacam-se os já implantados 100 Km de faixas exclusivas, prolongamentos de calçadas, aumento das travessias elevadas para pedestre, além da expansão da estrutura cicloviária e da implantação de binários.
“Nossa ideia, com esse relatório, não é somente celebrar os avanços. Mas apontar os desafios. É importante que continuemos avançando nessas políticas, engajando a população, conscientizando, até porque grande parte das mortes no trânsito são causadas por comportamentos de risco assumidos por motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. O caminho mais rápido e mais sólido para reduzir esses indicadores é promover mudanças de comportamento e de atitude”, declarou o Prefeito.
O perfil das pessoas que mais morrem no trânsito permaneceu o mesmo em comparação ao último relatório divulgado. Homens inclusos na faixa etária entre 18 e 59 anos lideram as estatísticas. Mais da metade (52,7%) das vítimas fatais são motociclistas, seguidos por pedestres (30,2%), por ocupantes de veículos de quatro rodas (8,9%) e por ciclistas (7,8%). Embora ainda significativos, os números contabilizam queda de 10,8% no tocante a ocorrências registradas no ano anterior.
Lançamento da segunda etapa da campanha: Se Beber, Não Dirija
Durante a coletiva, o prefeito Roberto Cláudio e a diretora de segurança viária da Bloomberg Philanthropies, Kelly Larson, anunciaram a segunda etapa da campanha “Se Beber, Não Dirija”, que busca conscientizar condutores sobre os riscos do consumo de álcool associado à direção.
Aliada à campanha midiática, a fiscalização da Lei Seca será intensificada por meio de blitze relâmpago em pontos estratégicos da Cidade. Em virtude das solenidades de fim de ano, a ampliação de atividades está prevista para os meses de novembro e dezembro.
Bicicletar Corporativo
Ainda na solenidade, ampliando as políticas voltadas aos modais cicloviários, Roberto Cláudio apresentou, por meio da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, o projeto Bicicletar Corporativo. A iniciativa busca estimular os servidores da Prefeitura de Fortaleza a adotarem o uso da bicicleta em ocasiões profissionais.
Para esta etapa piloto, que deverá ser iniciada em janeiro de 2018, com duração inicial de seis meses, o Bicicletar Corporativo receberá apoio e financiamento da Bloomberg Philanthropies, da Vital Strategies e da OMS por meio do programa “Parceria por Cidades Saudáveis”, que visa à prevenção de doenças não transmissíveis, como diabetes, obesidade e AVCs.
Inicialmente, cerca de seis secretarias da Prefeitura de Fortaleza contarão com aproximadamente 40 bicicletas urbanas, equipadas com travamento na roda traseira, estrategicamente distribuídas. As regras de uso são flexíveis e permitem que o usuário permaneça com a bicicleta por até 16 horas corridas, após as 17h.
Confira aqui detalhes do projeto.
Depois do período de teste, que utiliza estações virtuais, além de aplicativo para smartphones, a ideia é expandir a iniciativa. “Esse projeto piloto, que nós vamos testar, inicialmente, por seis meses, é uma tecnologia nova que permite que você use a bicicleta usufruindo os benefícios da energia solar e do GPS em tempo real, além de app com diversas funcionalidades. Nossa ideia é de que outras corporações adotem esse modelo para ajudar a consolidar a cultura cicloviária na Cidade”, afirmou o secretário Executivo da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, Luiz Alberto Saboia.
A titular da Secretaria da Saúde de Fortaleza, Joana Maciel, destacou os impactos da prática, que contará com o apoio da Sertell, no tocante à saúde pública. “Fortaleza, desde o início da gestão do prefeito Roberto Cláudio, vem mudando a sua arquitetura urbanística. Hoje, somos uma Cidade que combate o sedentarismo no mesmo instante em que estimula o uso do transporte coletivo, das ciclovias, das ciclofaixas e das bicicletas compartilhadas, dando exemplo às organizações privadas. Ações assim estimulam a nossa população a se movimentar mais e sofrer menos com doenças crônicas, ocasionando expressiva redução nos índices de mortalidade”, concluiu.