O prefeito José Sarto e o governador Camilo Santana lançaram, nesta quinta-feira (21/10), no Paço Municipal, o maior programa de crédito orientado da história da Cidade, o Nossas Guerreiras. A iniciativa, que pretende estimular o empreendedorismo feminino, possibilitando o acesso a crédito orientado, capacitações e consultorias, é uma parceria entre a Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Ceará. O projeto será enviado para aprovação na Câmara Municipal de Fortaleza.
Veja a apresentação do projeto
O Programa Nossas Guerreiras faz parte do plano de retomada econômica da Capital e vai fornecer crédito orientado até R$ 3 mil para aproximadamente 17 mil mulheres de baixa renda, maiores de 18 anos, prioritariamente chefes de família e que desejem empreender.
Conforme o prefeito Sarto, esta é a realização de mais um compromisso de campanha. "A ideia é estimular o empreendedorismo feminimo, fazendo de mulheres chefes de família as protagonistas da retomada econômica ao direcionar esses recursos. Nada mais justo do que trazer a elas um meio de capacitação e liderança de suas casas, tendo na proposta a responsabilidade de saber de onde vem o recurso, como fazer e o tempo de execução", explicou, enfatizando que, além do crédito, a Prefeitura ofertará capacitação.
Serão investidos R$ 55 milhões. A ideia é garantir crédito orientado para compra de equipamentos, materiais e insumos, desde que os produtos estejam relacionados ao negócio. As beneficiadas terão carência de seis meses e poderão efetuar o pagamento em até 30 meses sem juros.
Para Camilo Santana, o microcrédito do Programa Nossas Guerreiras passa concretamente a realizar crescimento para mulheres de Fortaleza que querem empreender ou ampliar seus negócios. "Dessa forma, o mercado gira e possibilita, ainda, empregar outras mulheres. O Estado estará disponibilizando os recursos para essa iniciativa o mais rápido possível para ajudar a melhorar a vida dessas mulheres e de suas famílias. A primeira ação do Juntos por Fortaleza nesta gestão foca nas demandas prioritárias da população, e este é o nosso objetivo", destacou o governador.
A inscrição será realizada de forma virtual, por meio de plataforma da Prefeitura. Para auxiliar as mulheres que não têm acesso à internet, haverá, ainda, pontos de apoio presencial, espalhados nos territórios, para auxiliar na inscrição, análise de documentos e viabilidade do negócio. Os espaços Nossas Guerreiras serão climatizados e estão localizados em quiosques em três terminais de ônibus, além das Salas dos Empreendedores nas Secretarias Regionais.
Para participar do Nossas Guerreiras, é necessário ser hipossuficiente em renda e não ter sido beneficiada com recursos em edições de programas ou projetos similares da Prefeitura. Além disso, o empreendimento deve estar localizado em Fortaleza, preferencialmente, em bairros de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-b).
Capacitação
As beneficiárias do Programa receberão capacitação on-line, com carga horária de 8h/a, voltada para elaboração de uma proposta de negócio e desenvolvimento de liderança. Nesta etapa serão capacitadas até 30 mil mulheres.
Um exemplo de como a capacitação e o fornecimento de crédito por meio de políticas públicas municipais beneficia essas mulheres é o caso de Irenicy Tavares, empreendedora no ramo de cestas e presentes e moradora do bairro Álvaro Weyne, participante de um dos editais do Mulher Empreendedora. Ela detalha que necessitava tanto de capital como de incentivo para movimentar os produtos e que conheceu o projeto por meio de vizinhos, sendo selecionada para participar do treinamento.
“Já faz um ano e meio que participei que consegui colocar o projeto para andar. Meu negócio está dando frutos, recebo muitos pedidos na loja e hoje estou trabalhando sobretudo com pedidos online devido a pandemia, com as plataformas digitais. Conto com com pessoas do bairro para dar conta dos pedidos, realizei o cadastro do MEI, então tudo foi muito proveitoso”, relatou.
Por sua vez, Juliana Vieira, que trabalha com venda de espetinhos de churrasco na Praia de Iracema e é beneficiária do programa Meu Carrinho Empreendedor, contou que a adesão também foi essencial para que seu negócio crescesse. “Eu já trabalhava com espetinho há mais de 18 anos, e tudo mudou a partir do dia que me inscrevi no edital da Prefeitura. Nunca fui formalizada, e com a capacitação abri o MEI e com a retomada econômica após a primeira onda da pandemia, pude contratar mais uma pessoa, pois o trabalho estava puxado”, afirmou.