28 de October de 2022 em Educação

Poeta Bráulio Bessa encoraja e emociona mais de 2.300 professores no último dia do Festival Outubro Docente

O evento dirigido a educadores da Rede Municipal, ocorrido nesta semana, no Centro de Eventos do Ceará, contou com programação plural e simultânea. 


Poeta Bráulio Bessa
O poeta nordestino apresentou a palestra magna “Pode esperançar: é permitido sonhar!" no encerramento da programação

Ele floresceu dentro de uma sala de aula lá de Alto Santo, município do interior cearense, e hoje é um dos maiores ativistas da cultura nordestina no mundo. Bráulio Bessa é fruto da educação pública e carrega na história uma verdadeira lição do legado que um professor pode deixar na vida de um estudante. O poeta nordestino apresentou a palestra magna “Pode esperançar: é permitido sonhar!” para mais de 2.300 educadores da Rede Municipal, no encerramento do Festival Outubro Docente, na manhã desta quinta-feira (27/10), no Centro de Eventos do Ceará. 

A história inspiradora de Bráulio foi narrada por ele com bom humor, afetos, poesia e muita gaiatice cearense. O poeta relembrou que o dia mais importante da sua vida foi quando ele nasceu como poeta, em uma sala de aula. “Estar falando para educadores é muito importante para mim. Na sala de aula foi quando eu segurei um livro de poesia pela primeira vez. Se este dia não tivesse existido, eu não estaria aqui. O que o educador faz todo dia é entregar o que se tem mais bonito e mais valioso. O educador é, sobretudo, uma pessoa generosa. E eu tive muita sorte de ter mostrado meu primeiro poema para uma professora, para alguém que tem o dom de acreditar em nós”, reflete Bráulio, que concluiu a palestra declamando um trecho de poesia.

A identificação com a trajetória de Bráulio é quase natural para quem estava na plateia. As duas professoras e amigas Edimeires Nascimento e Jaynne Nogueira saíram da palestra com inspiração suficiente para acreditarem ainda mais que é permitido sonhar… e realizar! “Bráulio serviu como inspiração para nós. Achei muito legal a sinceridade dele ao contar sua história e as inseguranças que ele teve por trás de tudo. Acredito que saímos com mais coragem de enfrentar os desafios e esperança de tempos melhores”, considera Jaynne, que é educadora na Escola Municipal Jornalista José Blanchard Girão da Silva, Jangurussu (Distrito 6). 

A professora Edimeires Nascimento, da Escola Municipal Francisco Oriá Serpa - unidade II, no bairro Pedras (Distrito 6), reforça que saiu da palestra com muitos aprendizados. E deixa seu elogio à programação do evento: “Primeira vez que assisti uma palestra do Bráulio Bessa e é como se ativasse algo na gente para ir buscar o que queremos. Gostei muito do evento e de todo o festival, que veio com uma programação dividida em modalidades. Achei bem bacana porque a gente escolheu as atividades de acordo com as temáticas que mais nos interessavam”.

Professores da Rede Municipal
As professoras Edimeires Nascimento e Jaynne Nogueira participaram do último dia do evento

Diversidade e inclusão em debate

Um dos eixos da programação do Festival Outubro Docente foi diversidade e inclusão. Ainda na agenda do último dia de evento, houve as palestras “Puxe a cadeira, gostaria de sentar?: diálogos de diversidade e de inclusão no dia a dia de sala de aula”, com o professor Ângelo Oliveira, do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - campus Quixadá e “Práticas de Inclusão na Educação Física”, ministrada pela professora Raissa Forte, da Universidade Estadual do Ceará (Uece). 

O professor Ângelo debateu sobre os paradigmas sociais da pessoa com deficiência e como é fundamental momentos como o festival, já que o conhecimento tem o poder transformador na vida de todos. “Nós, professores, precisamos conhecer nosso aluno para além da deficiência. Precisamos investigar quem é este aluno, o que ele sabe, o que ele gosta, sua história de vida… Temos um costume de saber bem o que aluno não sabe, mas esquecemos de olhar para ele em busca de conhecer o ele sabe e suas potencialidades”, defende.

Quem aproveitou as atividades voltadas à diversidade e inclusão foi a professora Joelma Freire, que atua na Sala de Recursos Multifuncionais da Escola Municipal Moura Brasil, no bairro Moura Brasil (Distrito 1). A educadora reconheceu a necessidade de trazer o tema para ser discutido com todos os professores, já que interessa não só aqueles que atuam diretamente na Educação Inclusiva. "O público do festival é todos os professores da Rede. Sabemos que cada educador deve ter um aluno com deficiência em sala de aula. Por isso, precisamos de informação para saber como trabalhar com este aluno e reconhecer as especificidades de cada um. Acredito que as atividades do evento foram importantes para a formação do professor", observa a educadora.

Mais da programação

Também fizeram parte da agenda de atividades desta quinta-feira (27/10), as palestras “Formação e desenvolvimento socioemocional: o cuidado docente e o desenvolvimento infantil”, com as professoras Anne Lapierre e Isabel Bellaguarda e “Docência na Educação Infantil: organizando tempos, espaços e relações”, com a professora e doutora Mônica Pinazza, da Universidade de São Paulo (USP), além de outras oficinas como a “Aprendizagem ativa e o protagonismo estudantil no trabalho cognitivo”, com Thiago Junqueira. 

O encerramento do evento também contou com o lançamento do livro do projeto “Professor Autor: Fazendo História… Trocando Figurinhas”. A publicação, lançada anualmente pela Rede Municipal de Ensino, apresentou 61 trabalhos de práticas inovadoras realizadas nas unidades escolares. A iniciativa existe desde 2017 e tem por objetivo geral reconhecer o desempenho do professor que exercita o magistério de forma crítica, criando uma linha editorial para socialização das práticas docentes de sala de aula.
 
O Festival Outubro Docente, iniciado na última sexta-feira (21/10), reuniu trilhas de conteúdos que abordam temas atuais voltados à formação dos docentes do município. A pluralidade do festival esteve na diversidade e na simultaneidade das atividades ofertadas ao longo da semana, que incluíram palestras, rodas de conversas, oficinas, exposições de arte e shows culturais.

Poeta Bráulio Bessa encoraja e emociona mais de 2.300 professores no último dia do Festival Outubro Docente

O evento dirigido a educadores da Rede Municipal, ocorrido nesta semana, no Centro de Eventos do Ceará, contou com programação plural e simultânea. 

Poeta Bráulio Bessa
O poeta nordestino apresentou a palestra magna “Pode esperançar: é permitido sonhar!" no encerramento da programação

Ele floresceu dentro de uma sala de aula lá de Alto Santo, município do interior cearense, e hoje é um dos maiores ativistas da cultura nordestina no mundo. Bráulio Bessa é fruto da educação pública e carrega na história uma verdadeira lição do legado que um professor pode deixar na vida de um estudante. O poeta nordestino apresentou a palestra magna “Pode esperançar: é permitido sonhar!” para mais de 2.300 educadores da Rede Municipal, no encerramento do Festival Outubro Docente, na manhã desta quinta-feira (27/10), no Centro de Eventos do Ceará. 

A história inspiradora de Bráulio foi narrada por ele com bom humor, afetos, poesia e muita gaiatice cearense. O poeta relembrou que o dia mais importante da sua vida foi quando ele nasceu como poeta, em uma sala de aula. “Estar falando para educadores é muito importante para mim. Na sala de aula foi quando eu segurei um livro de poesia pela primeira vez. Se este dia não tivesse existido, eu não estaria aqui. O que o educador faz todo dia é entregar o que se tem mais bonito e mais valioso. O educador é, sobretudo, uma pessoa generosa. E eu tive muita sorte de ter mostrado meu primeiro poema para uma professora, para alguém que tem o dom de acreditar em nós”, reflete Bráulio, que concluiu a palestra declamando um trecho de poesia.

A identificação com a trajetória de Bráulio é quase natural para quem estava na plateia. As duas professoras e amigas Edimeires Nascimento e Jaynne Nogueira saíram da palestra com inspiração suficiente para acreditarem ainda mais que é permitido sonhar… e realizar! “Bráulio serviu como inspiração para nós. Achei muito legal a sinceridade dele ao contar sua história e as inseguranças que ele teve por trás de tudo. Acredito que saímos com mais coragem de enfrentar os desafios e esperança de tempos melhores”, considera Jaynne, que é educadora na Escola Municipal Jornalista José Blanchard Girão da Silva, Jangurussu (Distrito 6). 

A professora Edimeires Nascimento, da Escola Municipal Francisco Oriá Serpa - unidade II, no bairro Pedras (Distrito 6), reforça que saiu da palestra com muitos aprendizados. E deixa seu elogio à programação do evento: “Primeira vez que assisti uma palestra do Bráulio Bessa e é como se ativasse algo na gente para ir buscar o que queremos. Gostei muito do evento e de todo o festival, que veio com uma programação dividida em modalidades. Achei bem bacana porque a gente escolheu as atividades de acordo com as temáticas que mais nos interessavam”.

Professores da Rede Municipal
As professoras Edimeires Nascimento e Jaynne Nogueira participaram do último dia do evento

Diversidade e inclusão em debate

Um dos eixos da programação do Festival Outubro Docente foi diversidade e inclusão. Ainda na agenda do último dia de evento, houve as palestras “Puxe a cadeira, gostaria de sentar?: diálogos de diversidade e de inclusão no dia a dia de sala de aula”, com o professor Ângelo Oliveira, do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - campus Quixadá e “Práticas de Inclusão na Educação Física”, ministrada pela professora Raissa Forte, da Universidade Estadual do Ceará (Uece). 

O professor Ângelo debateu sobre os paradigmas sociais da pessoa com deficiência e como é fundamental momentos como o festival, já que o conhecimento tem o poder transformador na vida de todos. “Nós, professores, precisamos conhecer nosso aluno para além da deficiência. Precisamos investigar quem é este aluno, o que ele sabe, o que ele gosta, sua história de vida… Temos um costume de saber bem o que aluno não sabe, mas esquecemos de olhar para ele em busca de conhecer o ele sabe e suas potencialidades”, defende.

Quem aproveitou as atividades voltadas à diversidade e inclusão foi a professora Joelma Freire, que atua na Sala de Recursos Multifuncionais da Escola Municipal Moura Brasil, no bairro Moura Brasil (Distrito 1). A educadora reconheceu a necessidade de trazer o tema para ser discutido com todos os professores, já que interessa não só aqueles que atuam diretamente na Educação Inclusiva. "O público do festival é todos os professores da Rede. Sabemos que cada educador deve ter um aluno com deficiência em sala de aula. Por isso, precisamos de informação para saber como trabalhar com este aluno e reconhecer as especificidades de cada um. Acredito que as atividades do evento foram importantes para a formação do professor", observa a educadora.

Mais da programação

Também fizeram parte da agenda de atividades desta quinta-feira (27/10), as palestras “Formação e desenvolvimento socioemocional: o cuidado docente e o desenvolvimento infantil”, com as professoras Anne Lapierre e Isabel Bellaguarda e “Docência na Educação Infantil: organizando tempos, espaços e relações”, com a professora e doutora Mônica Pinazza, da Universidade de São Paulo (USP), além de outras oficinas como a “Aprendizagem ativa e o protagonismo estudantil no trabalho cognitivo”, com Thiago Junqueira. 

O encerramento do evento também contou com o lançamento do livro do projeto “Professor Autor: Fazendo História… Trocando Figurinhas”. A publicação, lançada anualmente pela Rede Municipal de Ensino, apresentou 61 trabalhos de práticas inovadoras realizadas nas unidades escolares. A iniciativa existe desde 2017 e tem por objetivo geral reconhecer o desempenho do professor que exercita o magistério de forma crítica, criando uma linha editorial para socialização das práticas docentes de sala de aula.
 
O Festival Outubro Docente, iniciado na última sexta-feira (21/10), reuniu trilhas de conteúdos que abordam temas atuais voltados à formação dos docentes do município. A pluralidade do festival esteve na diversidade e na simultaneidade das atividades ofertadas ao longo da semana, que incluíram palestras, rodas de conversas, oficinas, exposições de arte e shows culturais.