Em junho, os preços de alimentos e produtos nos supermercados da Capital estão mais caros nas Regionais I, V e III. É o que aponta a nova pesquisa do Departamento Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon Fortaleza). O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (15/6), indica ainda que nove alimentos e produtos apresentaram variações de preços acima de cem por cento.
O Procon acompanha, mensalmente, a evolução de preços de 60 produtos e alimentos mais procurados pelos consumidores, em 10 supermercados de Fortaleza. A pesquisa, que foi realizada nos dias 8 e 9 de Junho, mostra que a laranja é o item que mais varia de preços, indo de R$ 1,74, no estabelecimento mais barato a R$ 5,19 no local mais caro, ou seja, uma diferença de 198,27%.
A pesquisa do Procon Fortaleza é dividida em itens de alimentação, carnes e aves, padaria, refrigerantes, frutas e verduras, higiene pessoal, limpeza doméstica e ainda cuidados e higiene infantil. Os preços são coletados, presencialmente. Devido às medidas de isolamento social, não houve coleta de dados no mês de Maio. Deste modo, o comparativo mensal de preços foi realizado com bases nos valores do mês de Abril. Sendo assim, o conjunto dos 60 itens, em Junho, que somaram R$ 477,00, aumentou 0,09% frente aos preços de Abril, quando totalizaram R$ 476,56.
Confira, aqui, todos os preços e variações.
Maiores variações
Produto | Menor preço | Maior preço | Variação |
Laranja | R$ 1,74 | R$ 5,19 | 198,27% |
Cenoura | R$ 2,49 | R$ 7,19 | 188,75% |
Tomate | R$ 2,99 | R$ 8,49 | 183,94% |
Molho de tomate | R$ 1,19 | R$ 3,29 | 176,47% |
Banana | R$ 2,29 | R$ 5,99 | 161,57% |
Preços por regionais
Regional | Preço médio total |
Regional I | R$ 529,39 |
Regional V | R$ 517,13 |
Regional III | R$ 477,50 |
Regional Centro | R$ 467,49 |
Regional VI | R$ 466,30 |
Regional II | R$ 437,68 |
Regional IV | R$ 402,55 |
A diretora do Procon Fortaleza, Cláudia Santos, ressalta que o consumidor deve exigir o preço anunciado em encartes e ofertas. "Havendo divergência de preços, o consumidor paga sempre o menor valor".
Cláudia também explica que a falta de centavos não justifica oferecer ao consumidor outras formas de troco como doces e bombons. "Se o estabelecimento anuncia um produto já sabendo que não terá troco em centavos é, no mínimo, usar de má fé. Nestes casos, o valor do produto deve ser reduzido para baixo até possibilitar o troco correto para o consumidor", esclareceu.
Denúncias e reclamações podem ser realizadas pela Central de Atendimento ao Consumidor, pelo número 151, bem como no portal da Prefeitura de Fortaleza (www.fortaleza.ce.gov.br), no campo "defesa do consumidor". Também é possível realizar denúncias pelo aplicativo Procon Fortaleza.