A manhã desta terça-feira (21/04), feriado de Tiradentes, começou com um apelo do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio: “abrir a porta da sua casa para a visita do agente de endemias é algo essencial para que a gente possa prevenir o aumento da dengue em Fortaleza”. O pedido foi feito durante os trabalhos de mutirão contra a doença, que aconteceu no bairro Jangurussu e envolveu 1.300 profissionais da saúde.

A escolha da região foi proposital, pois a Regional VI concentra mais de 50% dos casos de dengue de Fortaleza, segundo o gerente de Vigilância Ambiental e de Riscos Biológicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Nélio Morais. “Em virtude disso é que há uma concentração de ações nesse momento, tanto com visitas dos agentes de endemia com bombas costais, como com o aumento da frequência dos carros fumacês rodando essa área da cidade”, explicou o prefeito.

As abordagens feitas pelos agentes tiveram a participação do prefeito, que alertou os moradores a sempre deixar o quintal limpo. “É preciso cada um tomar conta do seu espaço, para que a cidade possa prevenir qualquer intensificação nos casos de dengue na cidade de Fortaleza”, disse. A casa de dona Socorro foi a primeira a receber a visita de Roberto Cláudio, onde não foi encontrado nenhum foco do mosquito. Ela explica que está “sempre prestando atenção para não ter nenhuma vasilha com água parada. Nunca tive dengue e nem ninguém da minha família teve, ainda bem”. Sobre a atitude dos vizinhos, dona Socorro disse que não pode garantir que eles tenham o mesmo cuidado que ela e reconhece que a prevenção da dengue é um trabalho de todos.

Para Roberto Cláudio,  a principal razão do encontro da manhã desta terça é intensificar, ao longo dessa semana e das próximas, se necessário, as ações de prevenção. “Estamos chamando a população para contribuir com o nosso agente de endemia e eliminar qualquer reservatório de água limpa que possa representar ameaça com o crescimento do Aedes Aegypti”, além disso, o prefeito definiu ainda como tarefa do poder público preparar as unidade de saúde para “dar uma atenção direcionada para o diagnostico precoce, que é uma segunda etapa desse processo. Precisamos de condições para fazer isso e dar o encaminhamento devido, com condições de laboratório, por exemplo”.

De acordo com o prefeito, “está muito cedo para falar em aumento de casos; ainda não temos uma tendência consolidada e precisamos de um período de tempo mais longo para definir se houve – ou não – aumento nos números de caso em relação ao ano de 2014”.