Será realizada nesta terça-feira (14/09), às 9 horas, mais uma roda de conversa com mulheres no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop Centro), equipamento da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS). Esta edição trará o tema “Liberdade e respeito: Mulheres unidas, nenhum direito a menos” e terá como convidada Danielle Ximenes, educadora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
Realizadas a cada 15 dias, as rodas abordam assuntos escolhidos pelas próprias mulheres e são mediadas por profissionais convidados da rede socioassistencial, psicóloga e assistente social do Centro Pop. A ação tem o objetivo de promover o diálogo sobre a situação da mulher na rua, suas vulnerabilidades, perspectivas e processos de superação.
Aline Santiago da Silva, de 36 anos, destaca a importância dessa acolhida e ressalta o quanto se sente bem e mais tranquila no grupo de mulheres. “No momento, estou em situação de rua, e às vezes não tenho coragem pra desabafar com as pessoas que eu conheço. Quando eu chego aqui me sinto mais acolhida, mais à vontade. Aqui, encontro calma e paciência por parte da equipe que conversa não só comigo, mas também com as outras mulheres”.
Os assuntos abordados variam desde planejamento familiar, autocuidado, prevenção às DSTs, combate à violência de gênero, dentre outros. O debate ocorre por meio de linguagem democrática, música, filmes e dinâmicas. Também fazem parte das rodas momentos de descontração, dança, sorteios, lanche e almoço ao final da atividade.
De acordo com o coordenador do Centro Pop Unidade Centro, Elias Figueiredo, as rodas de conversa foram interrompidas durante a pandemia, sendo retomadas no segundo semestre deste ano. Elas já são realizadas desde 2014 e surgiram por demanda espontânea. “A iniciativa foi uma demanda das próprias mulheres em situação de rua, cada vez em maior número, que pediram um olhar mais apurado sobre sua realidade em decorrência do aumento da violência de gênero. O grupo objetiva empoderar a mulher em seu processo de superação da violência e demais violações de direito, fortalecendo vínculos e acesso às redes de atendimento”, ressalta.