Nesta terça-feira (06/06), a Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) comemorou os cinco anos do Serviço Família Acolhedora. O evento contou com a participação do titular da Secretaria, Francisco Ibiapina, toda a equipe técnica do serviço, além famílias e crianças participantes.
“Nesses cinco anos, o programa não só cresceu, mas se estruturou de forma a se tornar referência. Esse é momento de parabenizar toda a equipe e, principalmente, de reconhecer a importância de todas vocês, famílias aqui presentes. Vocês que sabem muito mais do que qualquer outra pessoa o que é acolher, o que é receber, o que é dar amor, o que é dar carinho. Independente de toda a estrutura que possamos proporcionar, independente de todo profissional que a gente pudesse disponibilizar, nada seria possível sem vocês”, destaca Ibiapina.
O serviço, criado em 2018, já atendeu 49 meninos e meninas até o momento. Atualmente, 136 crianças e adolescentes estão aptos a se beneficiar com o programa, que tem como objetivo garantir a convivência em ambiente familiar daqueles que tenham sido afastados da família de origem de maneira temporária. Para proporcionar o mesmo benefício a todas elas, é necessário que mais famílias se cadastrem para acolher.
“Por mais que nossos acolhimentos garantam um bom atendimento, nada substitui um lar, um ambiente familiar. Esse convívio é fundamental para ajudá-las nas mais diversas áreas da vida. Por isso, é essencial que cada vez mais famílias se cadastrem e passem pelo processo para se tornarem aptas a acolher", explica Juliana Leoniza, coordenadora do serviço, que é executado pela Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS).
Lane Brandão, junto com seu marido e suas duas filhas adolescentes, já está acolhendo a segunda criança. Ela conta como é gratificante participar dessa iniciativa. "Já é muito difícil para as crianças saírem de suas famílias. Então, nós famílias acolhedoras temos um papel muito importante para que elas passem por isso da melhor forma possível. Todo esse tempo dedicando amor, cuidado e carinho faz a gente se apegar a eles e a despedida é sim difícil. Mas o mais importante é perceber que elas vão embora melhor do que chegaram e que sabem que merecem ser amadas. Dessa forma, nós sentimos que cumprimos nossa missão", afirma.
Como acolher
Quem quiser fazer parte do Família Acolhedora não pode ter intenção de adoção. Além disso é necessária a concordância de todos os membros da família pelo acolhimento familiar; os acolhedores precisam residir em Fortaleza há pelo menos um ano; não estar respondendo a processo judicial; ter idade igual ou superior a 21 anos, sem restrição quanto ao sexo e estado civil; ter disponibilidade de tempo para participar da capacitação das famílias acolhedoras, formação continuada e acompanhamento técnico familiar com equipe multiprofissional.
As famílias cadastradas no serviço Família Acolhedora recebem subsídio financeiro por criança ou adolescente em acolhimento. Além disso, o imóvel utilizado pela família se torna isento de pagamento do IPTU. Após o cadastro e seleção, a família acolhedora recebe capacitações e participa de reuniões para entender o processo e oferecer o melhor amparo aos acolhidos.
Os interessados em ser uma Família Acolhedora podem fazer o cadastro neste formulário on-line. Em caso de dúvida, o contato pode ser feito pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (85) 9 8902.8374 e (85) 3105.3449.