O parque urbano Cidade da Criança (ou Parque da Liberdade), localizado no Centro de Fortaleza, guarda uma relevância histórica e cultural para a Capital. Após obras de restauro e de requalificação, o espaço reabriu nesta terça-feira (21/12), com diversas novidades. Entre os reparos que ocorreram no equipamento, está o restauro das esculturas "O Índio", "Criança Inocência", "Deus Cupido" e "Mãe". Todos os procedimentos técnicos foram analisados pela equipe da Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor), pelo arquiteto autor do projeto e pela Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf).

Com cerca de 27 mil metros quadrados de área, a Cidade da Criança recebeu a instalação de novo piso drenante, recuperação das ruas internas com pavimentação em paralelepípedo, reforma do lago, restauro dos prédios históricos e criação de sete ilhas pedagógicas.

O coordenador de Patrimônio Histórico-Cultural da Secultfor, Diego Zaranza, explica que a obra passou por restauro e acompanhamento minucioso de sua equipe. "O restauro passou pelas fases iniciais de pesquisa, teste dos materiais, diagnósticos e prospecção pictórica onde foi possível identificar as camadas de pinturas já aplicadas na escultura, ao longo do tempo, e assim retornar a escultura a um estado próximo ao seu conceito original (cor terracota)", pontua.

Ele explica que a escultura "O índio", entre outros processos, passou por recomposição e reintegração de partes faltantes, seguindo as boas práticas do restauro de uma obra contemplativa. "As esculturas 'Criança Inocência' e 'Deus Cupido' passaram pelos mesmos procedimentos de conservação e restauração, à luz da produção acadêmica e das recomendações internacionais, tendo como resultado a devolução à Cidade em estado de conservação que visa dar conta da sobrevivência da obra de arte no tempo, permitindo também, longevidade das intervenções restaurativas", comenta Zaranza.

A obra intitulada "Mãe", atualmente, tem seu restauro em andamento e continuará passando por intervenções. Outro elemento contemplativo que passou por intervenções de restauro foi o pórtico principal, onde “O Índio” está localizado, além da caixa d’água metálica, fruto de um período em que o tratamento e distribuição de água na cidade era completamente diferente.