A Prefeitura de Fortaleza realizou, neste sábado (06/11), mais uma campanha de vacinação contra a raiva animal. Foram disponibilizados para a aplicação do imunobiológico antirrábico as 10 Unidades de Vigilância de Zoonoses (UVZ) do município, além de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em toda a cidade.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a Célula de Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos é responsável pelo acompanhamento da circulação viral com medidas de vigilância, que têm se mostrado eficazes. Há pelo menos 18 anos não há registros de novos casos da doença em humanos, conforme afirmou o gerente do órgão, Atualpa Soares.
No entanto, como a raiva é uma doença letal para animais e humanos, atualmente o maior risco maior está nos animais silvestres, como morcegos, saguis ou raposas. O vírus ainda circula entre eles, que seguem sendo fonte de interação e transmissão com os animais domésticos. “Por isso que é importante continuar vacinando cachorros e gatos, pois se eles forem contaminados, podem transmitir para outros, para o tutor e para a família”, explicou Atualpa.
A previsão é que o dia “D” vacine em torno de 200 mil animais. O saldo final será recomposto ao longo deste mês por meio de busca ativa em abrigos e lares de pessoas que não podem comparecer por causa de alguma limitação. “Hoje é o dia de aproximar a população da vacina, trazendo-a para dentro das comunidades. Após esse período, a vacina fica disponível apenas nas Unidades de Zoonoses. Assim, garantimos uma amplitude de opções em todo o município. Depois, com as visitas, atingiremos a meta preconizada pelo Ministério da Saúde”, completou Atualpa.
Somente neste sábado, mais de 500 profissionais atuaram na estruturação da vacinação, seja vacinando ou na logística, além dos voluntários, geralmente estudantes de medicina veterinária e pessoas de postos solidários.
Prevenção
A raiva é uma doença infecciosa aguda viral grave que pode ser transmitida aos humanos por mordidas, arranhões e saliva de animais infectados em contato com a pele lesionada, ou mucosas. A doença atinge o sistema nervoso central e pode levar à morte, tanto dos humanos, quanto dos animais. A vacina é a única forma de evitar a doença.
Sabendo da gravidade da doença, Patrícia Madeira, tutora da gatinha Nina, ficou sabendo do mutirão em seu condomínio e não perdeu tempo para trazer a primeira vacina da filhote. “Foi bem rápido, acabei de chegar e já deu certo. A gente tem criança em casa também, e por mais que ela não saia, temos medo de que ela possa pegar qualquer doença e passar para nós, pois ela acaba dormindo junto na cama”, disse.
Já Camila Magalhães, que adortu recentemente o filhote de pinscher Duque, de quatro meses, já aproveita os benefícios de se ter a alegria de um cãozinho em casa mas, também, com responsabilidade. “Fiquei sabendo do dia de vacinação pela internet, e como moro aqui perto, aproveitei para trazer. É muito importante. Nunca tive cachorro e não sabia como funcionava, então não podia deixar o dia de hoje passar”, contou.