A Prefeitura de Fortaleza divulgou a diminuição em 31,47% no número de ocorrências registradas pela Defesa Civil no primeiro semestre de 2017, em relação ao igual período de 2016, em coletiva de imprensa no Paço Municipal. Mesmo com o volume de chuvas maior em 6,54% no igual período, o trabalho de prevenção planejado pelo Comitê de Ações para a quadra chuvosa de 2017 possibilitou ganhos concretos à população.
“Tivemos uma diminuição muito significativa devido ao impacto das atividades que fizemos. Em anos anteriores, chegamos a ter mais de 100 famílias desabrigadas e desalojadas em dias de chuva. Neste ano, em nenhum mês ultrapassamos 12. Isso mostra a eficácia de nossas ações e o aumento da consciência da população”, afirmou Cristiano Ferrer, coordenador especial de Proteção e Defesa Civil de Fortaleza.
O Núcleo de Ações Emergenciais da Defesa Civil de Fortaleza contabilizou 884 ocorrências de diferentes tipologias de janeiro a junho deste ano. Já no primeiro semestre de 2016, foram registradas 1.290 ocorrências. Entre as ocorrências impactadas pelas chuvas, como risco de desabamento, o maior número de ocorrências de janeiro a junho deste ano ficou com 493 chamados, o que corresponde a mais da metade de todas as ocorrências do período. Em seguida, as ocorrências mais registradas foram alagamento (157), desabamento (79) e inundação (42).
Segundo o relatório da Defesa Civil de Fortaleza, o mês de março teve o maior número de ocorrências e de volume de chuvas acumuladas. No terceiro mês de 2017, o órgão recebeu 310 chamadas, uma média de dez atendimentos por dia, e contabilizou uma pluviometria acumulada de 477,5 milímetros.
De acordo com Meiry Sakamoto, supervisora do núcleo de meteorologia da Funceme, os bons resultados de 2017 estão relacionados com as atividades preventivas feitas em parceria. “A gente apontava como previsão uma estação chuvosa com mais chuva, inclusive na região metropolitana, como ocorreu. O sinal positivo que verificamos foi a redução no número de ocorrências, que está ligado também com as informações chegarem com antecedência à Defesa Civil e eles realizarem as ações preventivas, a realização do trabalho em conjunto”, declarou.
Para redução de impactos, a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), Secretarias Executivas Regionais e a Defesa Civil de Fortaleza realizaram, também, intervenções em 119 recursos hídricos, entre canais, lagoas, lagos, rios e riachos, distribuídos por toda a cidade. Este trabalho resultou em 20.016 toneladas de resíduos sólidos recolhidos e 4.064 bocas-de-lobo limpas.
Outra política bem-sucedida no campo da prevenção foi a dos Ecopontos, que possibilitou o recolhimento de aproximadamente seis toneladas de lixo das ruas da Cidade, lixo que poderia ter ido para bocas de lobo, lagoas e riachos da Capital, causando diversos problemas como alagamentos e de saúde.
Ecopontos e Recicla Fortaleza
Até o fim de junho deste ano,os 26 Ecopontos da Cidade receberam mais de 5.500 toneladas de resíduos, dentro do período de 28 de novembro de 2015, quando foi entregue o primeiro equipamento, até 30 de junho de 2017. Nessa conta, as pequenas proporções de entulho somaram mais de 3.800 toneladas, enquanto que os materiais recicláveis, ou seja, plástico, vidro, metal, papel e papelão foram responsáveis por mais de 1.700 toneladas. A meta da Prefeitura de Fortaleza é que a cidade tenha 50 equipamentos como este até o fim deste ano.