A Prefeitura de Fortaleza realizou, na manhã desta terça-feira (23/05), a reunião semanal do comitê de políticas públicas para prevenção e ações de combates de arboviroses na Capital. O encontro aconteceu no Paço Municipal e contou com a presença de especialistas em Saúde e secretários municipais.
Durante a reunião, a secretária adjunta da Saúde de Fortaleza, Itamárcia Araújo, apresentou os dados que apontam os locais mais preocupantes com relação ao foco do mosquito Aedes aegypti. Cemitérios, galpões, lava jatos, sucatas e garagens de ônibus estão na lista. A gerente administrativa do Sindiônibus, Maria José Luz participou da reunião. “Nós, do setor produtivo, estamos sentindo muito essa epidemia e preocupados com isso, já fazemos uma série de fiscalizações. Mas estamos aqui para deixar o Sindiônibus à disposição para entrar nessa luta”, afirmou.
Dados da Secretaria Municipal da Saúde mostram que 47 óbitos já foram registrados em Fortaleza em virtude da chikungunya. Trinta e cinco deles foram em pessoas com mais de 70 anos. Os bebês também merecem cuidados especiais. Além dos sintomas relatados, como febre, dores nas articulações e pequenas bolhas, alguns casos aparecem com lesões graves semelhantes a queimaduras com escamação na pele. “Estamos com várias frentes de trabalho, capacitando pessoas, multiplicando informações para eliminar o mosquito. Esse trabalho acontece há decadas”, explicou Itamárcia Araújo.
Desde o ano passado, a Prefeitura de Fortaleza intensificou as ações de combate e prevenção ao Aedes aegypti. Somente em 2016, foram mais de 48.300 ações contra arboviroses. Em 2017, 27 novas brigadas já foram criadas e 219 exposições foram realizadas, atingindo um público médio de 24 mil pessoas. Além disso, 12 mil idosos que participam dos trabalhos sociais do Corpo de Bombeiros trabalham como multiplicadores e ajudam a combater o mosquito. Em setembro, por iniciativa da Secretaria Municipal de Educação, o Selo Escola Amiga da Saúde premiará as escolas que tiverem trabalho efetivo de combate ao Aedes. No último dia 9, uma grande campanha publicitária foi lançada para conscientizar os moradores quanto aos focos dos mosquito.
Durante a reunião do comitê, o professor Henrique Pequeno, da Universidade Federal do Ceará, apresentou o aplicativo Aedes em Foco. Por meio da ferramenta gratuita, os usuários poderão, por exemplo, mapear possíveis focos em sua residência ou vizinhança e receber informações sobre como proceder ao longo do ciclo de vida do mosquito. Técnicos do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor) também apresentaram o aplicativo “Xô, Mosquito!”, disponível para dispositivos móveis. O Iplanfor reuniu no aplicativo informações sobre as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, formas de prevenção e check list de medidas preventivas.