A Prefeitura de Fortaleza está implantando uma nova ciclofaixa na Av. Murilo Borges, no trecho compreendido entre as avenidas Raul Barbosa e Rogaciano Leite, no bairro Salinas. A infraestrutura bidirecional possui 1,3 km de extensão e está localizada ao lado da calçada da via.
Costumam pedalar na Av. Murilo Borges 401 ciclistas nos horários de pico, conforme contagem técnica realizada pela Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC). "Com esse espaço exclusivo para deslocamento de bicicletas, vamos interligar o passeio compartilhado da Av. Raul Barbosa à ciclofaixa da Av. Rogaciano Leite", esclarece Priscila Diniz, coordenadora da Gestão Cicloviária do órgão.
Com essa implantação, Fortaleza passa a ter 441,9 km de malha cicloviária, sendo 134,4 km de ciclovias, 290,2 km de ciclofaixas, 13,4 km de ciclorrotas e 3,9 km de passeio compartilhado. Até o final do ano a expectativa é alcançar os 500 km.
Segundo estudo realizado pela AMC, Fortaleza é a capital brasileira onde as pessoas vivem mais próximas à infraestrutura cicloviária, com mais de 64% dos habitantes morando a menos de 300 metros de alguma ciclovia, ciclofaixa, ciclorrota ou passeio compartilhada.
Readequação da velocidade
Além da ciclofaixa, a Av. Murilo Borges terá a velocidade readequada para 50 km/h entre as avenidas Raul Barbosa e Rogaciano Leite. De janeiro de 2019 a abril de 2024, foram contabilizados 73 sinistros totais, sendo dois fatais, 58 com vítimas feridas e dois atropelamentos.
"Como os dados analisados apresentam uma tendência de aumento nos registros, implantamos a readequação da velocidade como medida para reduzir a chance de ocorrência e a severidade dos acidentes, garantindo um ir e vir mais seguro para todos os usuários da via. Ajustar o limite da velocidade é uma das medidas mais eficazes para prevenir a violência no trânsito", explica Saulo Oliveira, coordenador de Segurança Viária da AMC.
Segundo levantamento realizado pelo órgão, avenidas e ruas de Fortaleza que receberam a intervenção registraram uma queda de 68,1% nos acidentes fatais, 18,9% nas ocorrências com feridos e 29,7% nos atropelamentos . Já um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que a readequação do limite de 60 para 50 km/h aumenta em dez vezes a chance de uma pessoa atropelada sobreviver.