04 de November de 2016 em Mobilidade

AMC moderniza comunicação de dados dos semáforos inteligentes instalados em Fortaleza

Processo de migração começou em outubro, contemplando 240 equipamentos


Semáforo
Neste sábado, começa a segunda etapa da substituição, incluindo 200 aparelhos (Foto: Thiago Gaspar)

A Prefeitura de Fortaleza está modernizando a comunicação dos semáforos inteligentes da cidade, substituindo a tecnologia via telefônica pela de fibra óptica. O processo de migração já foi iniciado em outubro deste ano, contemplando primeiramente 240 equipamentos. A segunda etapa da substituição começará neste sábado (05/11), com a instalação da fibra em 200 outros pontos semafóricos, localizados principalmente nas regiões da Aldeota e do Centro.

Técnicos da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) darão todo o suporte operacional à medida. Entretanto, solicitam a compreensão e colaboração dos condutores, visto que a mudança na rede de transmissão de dados pode vir a afetar o sincronismo de alguns semáforos. A recomendação é que o munícipe acione o órgão, através do 190, caso verifique esse tipo de problema.

Dentre as principais vantagens da utilização da fibra óptica para redes de comunicação de dados, podem ser citadas:

1. Maior largura de banda do que os cabos metálicos. Por isso, a fibra óptica é candidata ideal nas redes convergentes que trafegam dados, voz e vídeo;

2. Uma vez que a fibra óptica transmite informação através da luz, então ela é totalmente imune a interferências eletromagnéticas geradas por motores elétricos, lâmpadas, outros cabos elétricos, etc, evitando falhas devido a essas interferências;

3. Os limites nominais de comprimento das fibras óticas são bem maiores do que os cabos metálicos. Por isso, as fibras são ideais como solução de cabeamento de redes de longa distância;

4. As fibras ópticas apresentam perdas de transmissão extremamente baixas. Dessa forma, é possível implementar sistemas com um espaçamento muito grande entre os repetidores, o que reduz os custos do sistema;

5. Maior capacidade de monitoramento da rede, o que possibilita identificação mais rápida em casos de falhas;

6. Maior estabilidade.

A redução de problemas relacionados à perda de comunicação, esperados com a implantação da comunicação via fibra óptica, implica também em maior confiabilidade na operação semafórica, garantindo o sincronismo dos relógios dos controladores em campo, possibilitando a correta aplicação dos planos programados, partições dos tempos de verde e coordenação dos semáforos, além de permitir a intervenção da central em casos de eventos inesperados no tráfego.

Segundo o superintendente da AMC, Arcelino Lima, “assegurar a estabilidade da comunicação entre central e equipamentos de campo é imprescindível para garantir identificação precoce de falhas e evitar perdas de dados de tráfego que são armazenados com fins de planejamento, manutenção e operação”.

Em meio aos benefícios dessa tecnologia para a operação semafórica, ele enumera: manutenção do sincronismo dos relógios dos controladores em campo com a central, atualização remota de planos semafóricos, manutenção da programação semafórica atualizada em campo, operação adaptativa em tempo real, identificação e intervenção rápida em casos de eventos inesperados no tráfego, obtenção e armazenamento de um banco de dados de tráfego com variáveis como volume, ocupação, saturação, atrasos, paradas e tempos de viagens, utilizadas no planejamento, gestão e operação do tráfego e identificação ágil de falhas.

Entenda o caso
Desde o projeto de implantação do Controle de Tráfego em Área de Fortaleza (CTAFor) nos meados dos anos 2000, a AMC adotou um novo sistema de gerência conhecido como SCOOT (Split Cycle Offset Optimisation Technique), que como o próprio nome sugere, possibilita aperfeiçoar os tempos semafóricos, partições de verde e coordenação dos semáforos, em tempo real, reduzindo o número de atrasos e paradas, através da otimização do modelo de tráfego inserido, tendo por base as informações de ocupação dos laços detectores instalados nas vias em campo.

Para que isto pudesse acontecer, o sistema foi concebido de forma que houvesse comunicação de dados entre os equipamentos in situ e a central de operação. Na época de desenvolvimento do sistema, as tecnologias disponíveis para a comunicação de dados eram poucas e optou-se pela comunicação via par metálico, a mesma utilizada para linhas telefônicas por voz em telefones fixos.

Com o desenvolvimento da cidade de Fortaleza em seu crescimento acelerado, essa rede de transmissão de dados passou a apresentar problemas recorrentes fazendo com que houvesse enormes dificuldades na operação semafórica dos equipamentos, gerando prejuízos na vida dos cidadãos fortalezenses, com a perda de tempo no trânsito. Tais problemas originavam-se na demora no atendimento das ocorrências pela empresa prestadora destes serviços (Oi).

De acordo com Juliana Coelho, gerente do CTAFor, em virtude da dificuldade presenciada, "houve a necessidade de mudança no meio de comunicação por uma forma de comunicação de dados mais estável e com mais possibilidades operacionais a exemplo do que já acontece em São Paulo", esclarece.

AMC moderniza comunicação de dados dos semáforos inteligentes instalados em Fortaleza

Processo de migração começou em outubro, contemplando 240 equipamentos

Semáforo
Neste sábado, começa a segunda etapa da substituição, incluindo 200 aparelhos (Foto: Thiago Gaspar)

A Prefeitura de Fortaleza está modernizando a comunicação dos semáforos inteligentes da cidade, substituindo a tecnologia via telefônica pela de fibra óptica. O processo de migração já foi iniciado em outubro deste ano, contemplando primeiramente 240 equipamentos. A segunda etapa da substituição começará neste sábado (05/11), com a instalação da fibra em 200 outros pontos semafóricos, localizados principalmente nas regiões da Aldeota e do Centro.

Técnicos da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) darão todo o suporte operacional à medida. Entretanto, solicitam a compreensão e colaboração dos condutores, visto que a mudança na rede de transmissão de dados pode vir a afetar o sincronismo de alguns semáforos. A recomendação é que o munícipe acione o órgão, através do 190, caso verifique esse tipo de problema.

Dentre as principais vantagens da utilização da fibra óptica para redes de comunicação de dados, podem ser citadas:

1. Maior largura de banda do que os cabos metálicos. Por isso, a fibra óptica é candidata ideal nas redes convergentes que trafegam dados, voz e vídeo;

2. Uma vez que a fibra óptica transmite informação através da luz, então ela é totalmente imune a interferências eletromagnéticas geradas por motores elétricos, lâmpadas, outros cabos elétricos, etc, evitando falhas devido a essas interferências;

3. Os limites nominais de comprimento das fibras óticas são bem maiores do que os cabos metálicos. Por isso, as fibras são ideais como solução de cabeamento de redes de longa distância;

4. As fibras ópticas apresentam perdas de transmissão extremamente baixas. Dessa forma, é possível implementar sistemas com um espaçamento muito grande entre os repetidores, o que reduz os custos do sistema;

5. Maior capacidade de monitoramento da rede, o que possibilita identificação mais rápida em casos de falhas;

6. Maior estabilidade.

A redução de problemas relacionados à perda de comunicação, esperados com a implantação da comunicação via fibra óptica, implica também em maior confiabilidade na operação semafórica, garantindo o sincronismo dos relógios dos controladores em campo, possibilitando a correta aplicação dos planos programados, partições dos tempos de verde e coordenação dos semáforos, além de permitir a intervenção da central em casos de eventos inesperados no tráfego.

Segundo o superintendente da AMC, Arcelino Lima, “assegurar a estabilidade da comunicação entre central e equipamentos de campo é imprescindível para garantir identificação precoce de falhas e evitar perdas de dados de tráfego que são armazenados com fins de planejamento, manutenção e operação”.

Em meio aos benefícios dessa tecnologia para a operação semafórica, ele enumera: manutenção do sincronismo dos relógios dos controladores em campo com a central, atualização remota de planos semafóricos, manutenção da programação semafórica atualizada em campo, operação adaptativa em tempo real, identificação e intervenção rápida em casos de eventos inesperados no tráfego, obtenção e armazenamento de um banco de dados de tráfego com variáveis como volume, ocupação, saturação, atrasos, paradas e tempos de viagens, utilizadas no planejamento, gestão e operação do tráfego e identificação ágil de falhas.

Entenda o caso
Desde o projeto de implantação do Controle de Tráfego em Área de Fortaleza (CTAFor) nos meados dos anos 2000, a AMC adotou um novo sistema de gerência conhecido como SCOOT (Split Cycle Offset Optimisation Technique), que como o próprio nome sugere, possibilita aperfeiçoar os tempos semafóricos, partições de verde e coordenação dos semáforos, em tempo real, reduzindo o número de atrasos e paradas, através da otimização do modelo de tráfego inserido, tendo por base as informações de ocupação dos laços detectores instalados nas vias em campo.

Para que isto pudesse acontecer, o sistema foi concebido de forma que houvesse comunicação de dados entre os equipamentos in situ e a central de operação. Na época de desenvolvimento do sistema, as tecnologias disponíveis para a comunicação de dados eram poucas e optou-se pela comunicação via par metálico, a mesma utilizada para linhas telefônicas por voz em telefones fixos.

Com o desenvolvimento da cidade de Fortaleza em seu crescimento acelerado, essa rede de transmissão de dados passou a apresentar problemas recorrentes fazendo com que houvesse enormes dificuldades na operação semafórica dos equipamentos, gerando prejuízos na vida dos cidadãos fortalezenses, com a perda de tempo no trânsito. Tais problemas originavam-se na demora no atendimento das ocorrências pela empresa prestadora destes serviços (Oi).

De acordo com Juliana Coelho, gerente do CTAFor, em virtude da dificuldade presenciada, "houve a necessidade de mudança no meio de comunicação por uma forma de comunicação de dados mais estável e com mais possibilidades operacionais a exemplo do que já acontece em São Paulo", esclarece.