Na manhã desta sexta-feira (12/12), 57 alunos do Projeto Cidadania em Rede participaram da programação da XI Bienal Internacional do Livro com a apresentação artística “Trocando história do lugar”. Participaram do evento, no Centro de Eventos do Ceará, crianças e adolescentes das Unidades Formativas da Granja Portugal e do Conjunto Palmeiras.

O programa, realizado pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (SCDH), atende, atualmente, 480 crianças e adolescentes com atividades de literatura, dança, teatro, capoeira e percussão. No total, são nove Unidades Formativas em áreas de vulnerabilidade social na cidade de Fortaleza - Bela Vista, Barra do Ceará, Granja Portugal, Conjunto Palmeiras, Caça e Pesca, Planalto Pici, Maria Tomásia, Parque Rio Branco e Santa Filomena.

Para a coordenadora de Formação do Programa Cidadania em Rede, Eunice Siebra, a escolha do tema da apresentação foi importante para que os moradores da comunidade pudessem conhecer melhor o bairro em que vivem. “Estamos tendo a alegria dos alunos apresentarem esse trabalho, que é fruto de pesquisa no local em que moram, e onde as Unidades Formativas também estão inseridas”, explicou. Os estudos sobre os bairros começaram ano passado para se tornarem peça teatral e dança no evento.

Para o motorista Cleber da Silva, 29, é importante que os alunos participem de atividades artísticas. “Muito boa a apresentação falando do Conjunto Palmeiras e da Granja Portugal, lá do início até hoje, é de arrepiar. Crianças e adolescentes, ao invés de estarem na rua, estão em um evento como esse. É muito gratificante”, disse.

A coordenadora geral do Programa Cidadania em Rede, Edneia Quinto, esteve presente na apresentação dos alunos e destacou o papel das Unidades de Formação. “A grande importância do Programa para as nove unidades que nós atendemos em Fortaleza é ser um espaço de dignidade, exercício pleno de cidadania e de formação”, disse.

A aluna Vitória Mayara, 13, participa do Programa há 5 anos e já aprendeu sobre literatura, dança, teatro, capoeira e percussão. “Se não fosse o Projeto eu não estaria tendo as oportunidades que eu estou tendo hoje. Eu tenho um sonho de ser atriz, e o Cidadania em Rede está me dando a oportunidade de crescer. Eu tenho um irmão de 20 anos e ele é percussionista graças ao Programa”, declarou.

Saiba mais
O Programa Cidadania em Rede tem, ainda, o compromisso de acompanhar as famílias com serviços de orientação jurídica, pedagógica e psicológica. O serviço é aberto para a comunidade. Cada unidade conta com um grupo de educadores sociais que realizam o mapeamento da região e visitação em casas da comunidade divulgando o Programa Cidadania em Rede.

Para participar, a criança ou adolescente deve ter de 7 a 17 anos e precisa estar efetivamente matriculado na escola. Assim, poderão participar das atividades na Unidade Formativa no contraturno do horário escolar. Ou seja, caso o aluno estude pela manhã, o horário em que ele participará do Programa será no turno da tarde, de segunda a sexta-feira.