A Prefeitura de Fortaleza entregou, nesta segunda-feira (17/05), a nova Central da Mobilidade para Preservação de Vidas no Trânsito. O equipamento, instalado na sede da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), que conta com 600 câmeras de videomonitoramento, integrando órgãos municipais e estaduais. Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, o prefeito José Sarto apresentou o novo equipamento e lançou o Relatório Anual de Segurança Viária com dados do ano de 2020. Em virtude das políticas públicas executadas na Capital, o documento registrou o menor número de mortes por acidentes de trânsito desde 2004.
Central da Mobilidade para Preservação de Vidas no Trânsito
Para otimizar o atendimento a acidentes com vítima, analisar de forma aprofundada as causas de eventuais ocorrências e agir preventivamente, planejando medidas e intervenções que evitem novos sinistros, estarão em atuação equipes da AMC, da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), da Guarda Municipal, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar.
Imagens das estações do Bicicletar e do Vamo também serão acompanhadas no sentido de coibir ações criminosas como furto. “Além de todo o benefício direcionado à segurança viária e à segurança pública, teremos embasamentos para estudar futuras políticas públicas para a Cidade”, informou Sarto.
A superintendente da AMC, Juliana Coelho, elencou os benefícios a partir da implantação da metodologia. “Estamos preparados para, dentro do possível, agir preventivamente, identificar comportamentos de risco e enviar equipes para minimizar ocorrências. Em caso de acidentes, o intuito é assegurar um atendimento pré-hospitalar mais rápido por meio do controle semafórico e da atuação do Samu”, detalhou.
Ampliação e modernização
A nova central conta com uma área de 223 m². A reestruturação permitirá respostas mais rápidas e integradas.
Toda essa ampliação no monitoramento terá, como apoio, a modernização do Circuito Fechado de TV com câmeras PTZ (movimentos Pan, Tilt e Zoom), que serão visualizadas através de um video wall com monitores de 55 polegadas.
O video wall integra todos os monitores por um sistema de gerenciamento que permitirá aos servidores projetar mapas, alertas, destacar imagens de câmeras prioritárias para atendimento de ocorrências no trânsito sob o viés no trânsito, segurança pública ou mesmo saúde.
De acordo com o prefeito, o objetivo é ampliar, progressivamente, o quantitativo de câmeras integradas, contemplando o entorno de escolas e pontos de paradas de ônibus.
Relatório de Segurança Viária
Ao apresentar o mais recente Relatório Anual de Segurança Viária, Sarto comemorou os indicadores alcançados. Fortaleza registrou, em 2020, o menor número de mortes por acidentes de trânsito desde 2004 e conquistou a sexta redução consecutiva de mortes. Foram 193 vítimas, 49% a menos do que em 2014 - ano que registrou 377 óbitos no tráfego.
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“Acidentes no trânsito também configuram importante problema de saúde pública. Principalmente, neste momento de pandemia, em que temos intensificado os nossos esforços para a abertura de leitos para pacientes acometidos pela Covid-19. Portanto, além das políticas públicas, a conscientização da população e a educação no trânsito têm feito toda a diferença”, afirmou.
Para a superintendente da AMC, o resultado é reflexo do trabalho sistêmico norteado pelas melhores práticas internacionais e focado em quatro eixos principais: desenho seguro das vias, educação para o trânsito, fiscalização e comunicação.
“Nos últimos anos, os esforços se concentraram em implantar intervenções para tornar as vias mais seguras e coibir os principais fatores de risco, seja por meio de campanhas educativas ou reforço da fiscalização. Daremos continuidade a esse trabalho para salvarmos cada vez mais vidas”, descreveu Juliana.
Outro dado que merece relevância é que, em 2014, os acidentes de trânsito foram a quinta causa de morte na cidade, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Em 2020, a posição no ranking caiu para a 16ª, ocupando o melhor lugar até o momento.
De acordo com a publicação, condutores ou passageiros de motociclistas representam 51,3% das vítimas, seguido dos pedestres (33,7%), ocupantes de veículos de quatro rodas (7,8%) e ciclistas (7,3%).
O perfil de vítima no trânsito de Fortaleza é composto, prioritariamente, por motociclista, homem, na faixa etária de 30 a 59 anos.
O detalhamento dos dados pode ser consultado na mais nova edição do documento, que também chama atenção para os principais fatores de risco de acidentes como o excesso de velocidade, a ausência e uso inadequado do capacete e cinto de segurança, a mistura do álcool e direção e a utilização do celular ao volante.
Meta da OMS alcançada
Fortaleza registrou, de 2010 a 2020, queda de 51,7% no número de mortes a cada 100 mil habitantes, saindo de 14,9 para 7,2. O Município alcançou, portanto, a meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS)